Pandemia diminui registros de novos casos de Aids em Rondônia

Com a pandemia da Covid-19, os novos registros de casos de HIV/Aids diminuíram em Rondônia. A baixa pode ser explicada pelo isolamento social, proibições de viagens e as dificuldades de locomoção exigidos pelo período. Entre janeiro e novembro de 2020 foram registrados 243 casos no estado. Número menor comparado aos anos anteriores quando foram contabilizados mais de 400 casos anuais.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil 966.058 mil pessoas vivem com HIV, Aids, destes 80% sabem do diagnóstico, 55% estão em uso de antirretroviral e 88% com carga viral suprimida (quando impede a transmissão sexual do HIV, ao mesmo tempo que melhora a saúde de um paciente que vive com o vírus).

O primeiro caso de Aids registrado oficialmente em Rondônia foi em 1984, sendo que até novembro de 2020, já foram contabilizados 7.067 casos ao longo destes 36 anos. A capital, Porto Velho é a cidade com a maior taxa de detecção por 100 mil habitantes.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau), entre os 52 municípios do estado foram implantadas 335 unidades de saúde para realização do teste rápido para o HIV, Sífilis e Hepatite B e C. São 10 unidades do Serviço de Assistência Especializada, sendo 2 na fronteira internacional. Dos 429.785 testes rápidos distribuídos no estado de Rondônia, 123.800 foram para HIV.

A Secretaria informa que foram distribuídos no estado 6.642.68 preservativos masculinos, 180.000 preservativos feminino e 315.000 gel lubrificantes. Além disso o estado conta com 30 unidades dispensadoras de medicamento para PEP – Profilaxia Pós Exposição em casos de (acidentes com material biológico, abuso sexual e exposição sexual), implantado em 2013 no país, além do Protocolo de PrEP – Profilaxia P´re – Exposição ao vírus HIV (um dos objetivos mais importantes é a implementação dessas ações é o controle da epidemia da AIDS até o ano de 2030), uma das metas de Desenvolvimento Sustentável estabelecidas pela instituição multilateral internacional. A PrEP está disponível dos Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids e Hepatites Virais/SAE no estado de Rondônia.

Diferença entre o HIV e AIDS

O HIV, é o vírus da imunodeficiência humana, ataca principalmente o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As mais atingidas são as células brancas de defesa, os leucócitos, do tipo linfócito CD4. O vírus se insere dentro do DNA destas células e faz milhões de cópias de si mesmo, rompendo a célula em busca de outras para continuar a infecção.

Já a AIDS é o estágio mais avançado desta infecção, ao destruir as células de defesa, o vírus deixa o organismo mais vulnerável a diversas doenças.

Sintomas

Os sintomas são febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves. Já na fase aguda, os sintomas duram em média de três a oito semanas. Na fase crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ou no esôfago e no intestino. Estima-se que cerca de 70% dos portadores do vírus permanecem de duas a três décadas na chamada forma assintomática da doença.

Tratamento

O tratamento para a infecção pelo vírus HIV é realizado por medicamentos antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus no organismo, ajudando a combater a doença e a fortalecer o sistema imunológico, porém não são capazes de eliminar o vírus do organismo. Esses medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo SUS independente da carga viral que a pessoa possui, só sendo necessário apenas que a recolha do medicamento seja feita com a prescrição médica.

Transmissão do vírus

A transmissão é feita somente por secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno, nesses casos o vírus aparece em quantidade suficiente para infecção. Para haver a transmissão do vírus, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá através de relação sexual, ao se compartilhar seringas, em acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, na transfusão de sangue contaminado, na transmissão vertical da mãe infectada para o feto durante a gestação ou o trabalho de parto e durante a amamentação.

Prevenção

Para evitar a transmissão da doença, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais. As mães infectadas pelo vírus (HIV-positivas) devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar os filhos.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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