Trump visita Japão para jogar golfe com o primeiro-ministro e jantar com o novo imperador

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse, esta quinta-feira, que será o convidado de honra do “maior evento” do Japão em “mais de 200 anos”. Este fim de semana, Trump encontra-se com o novo imperador Naruhito e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Questionado, ainda em Washington, se acreditava que poderia fechar um acordo comercial com o Japão num futuro próximo, o Presidente norte-americano não respondeu mas destacou a natureza histórica da sua visita de Estado.

“É uma coisa muito importante o que está a acontecer com o imperador. É algo que não acontece há mais de 200 anos. Eu sou o convidado, o que significa que os EUA são os convidados, mas o primeiro-ministro Abe disse-me muito especificamente: ‘É o convidado de honra. Só há um convidado de honra. É o convidado de honra.’ Com todos os países do mundo, eu sou o convidado de honra no maior evento que eles têm em mais de 200 anos”, disse Trump, citado pelo jornal “The Hill”.

PRIMEIRA VISITA DE ESTADO DA ERA NARUHITO
Trump será o primeiro líder estrangeiro a fazer uma visita de Estado ao Japão desde que o novo imperador foi entronizado. O pai do imperador, Akihito, tornou-se o primeiro monarca a abdicar do trono japonês em mais de dois séculos, tendo a cerimónia de passagem de testemunho ocorrido entre o último dia de abril e o primeiro de maio. O papel do imperador é, em grande medida, cerimonial.

As relações de comércio e as negociações com a Coreia do Norte deverão ficar para segundo plano, escreve o “Hill”. Trump vai jogar golfe com Abe, assistir com este a um combate de sumo e encontrar-se com o imperador para um jantar de gala.

A televisão americana CNN lembra que Abe foi o primeiro líder estrangeiro a encontrar-se com Trump após a sua eleição em 2016, tendo voado para Nova Iorque para se reunir com o Presidente eleito antes mesmo da tomada de posse. Desde então, os dois líderes falaram ao telefone quase 20 vezes, segundo os registos da Casa Branca, e encontraram-se pessoalmente tanto nos EUA como no Japão.

O DESEQUILÍBRIO COMERCIAL E A COMPRA DE ARMAS
No mês passado, Washington e Tóquio realizaram a primeira ronda de negociações com vista a um acordo comercial. Embora Trump tenha falado na necessidade de resolver o desequilíbrio comercial com o Japão – um défice de 67,7 mil milhões de dólares (60,5 mil milhões de euros) em 2018 –, tanto os seus assessores como republicanos e democratas têm apelado a que o Presidente alivie as taxas alfandegárias sobre os aliados e se concentre na China.

Por sua vez, o Japão tem reinterpretado, nos últimos anos, a sua Constituição pacifista, tendo Abe expressado o desejo de a reescrever completamente. Tóquio também aumentou os seus gastos com a defesa, incluindo grandes acordos com empresas de armas americanas.

No final de junho, Trump regressará ao Japão quando o país acolher a cimeira do G20 em Osaca.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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