A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Lula e a mulher dele, Marisa Letícia, na investigação sobre o tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.
Os policiais federais responsáveis pela Lava Jato em Curitiba concluíram que "o ex-presidente Lula e a mulher, Marisa Letícia, foram beneficiários de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançaram mais de R$ 2,4 milhões, referentes às obras de reforma no apartamento do edifício Solaris", o triplex de Guarujá, "bem como no custeio de armazenagem de bens do casal”.
O ex-presidente foi indiciado na sexta-feira (26) por corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Marisa Letícia, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal também indiciou o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-executivo da OAS, Paulo Gordilho, e o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro, que já foi condenado na Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
Nas investigações foram analisados documentos, contratos e trocas de mensagens encontradas em celulares apreendidos. A maior parte das conversas foi ao longo de 2014.
Em uma delas Paulo Gordilho diz a Léo Pinheiro: “O projeto da cozinha do chefe está pronto. Se marcar com a madame pode ser na hora que quiser”. Léo Pinheiro responde: “Amanhã, às 19h. Seria bom também ver se o de Guarujá está pronto”. E Paulo Gordilho fala: “Guarujá também está pronto”.
Para os investigadores, "os termos ‘chefe’ e ‘madame’ são referências a Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Marisa Letícia". Fotos incluídas no inquérito mostram que Lula visitou o triplex em Guarujá acompanhado de Léo Pinheiro.
A Polícia Federal também afirma que o ex-presidente da OAS pagou vantagem indevida a Lula, quando a empreiteira arcou com as despesas do armazenamento do acervo presidencial a um custo de R$ 1,3 milhão.
O indiciamento é o fim da primeira etapa de investigações e significa que a polícia encontrou elementos que indicam a existência de crimes. Agora, o relatório vai para o Ministério Público Federal, que pode ou não apresentar uma denúncia à Justiça.
O Instituto Lula e o advogado do ex-presidente classificaram o relatório da Polícia Federal como uma peça de ficção. Afirmaram que Lula não é e nunca foi dono do apartamento investigado e que não há prova ou indício de envolvimento do ex-presidente nos desvios da Petrobras.
O advogado do ex-presidente afirmou que o apartamento pertence à OAS, que a construtora é a única beneficiária das melhorias, que não houve crime de corrupção passiva porque Lula já não era presidente em 2014 e porque dona Marisa Letícia nunca foi funcionária pública. Segundo o advogado, não houve comprovação de que eles receberam dinheiro desviado da Petrobras. Ele negou que Lula tenha participado da contratação para o armazenamento do acervo presidencial.
A defesa de Paulo Okamotto afirmou que não existe vantagem ilícita e nenhum crime na contribuição para manutenção do acervo presidencial, que o acervo é privado e de interesse público e que cabe ao instituto a manutenção desse acervo.
As defesas da OAS e de Léo Pinheiro não quiseram comentar.
O Jornal da Globo não conseguiu contato com Paulo Gordilho.
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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