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Brasil quer fim do cacau importado em 5 anos

Publicado em: 09/09/2012 - 12:00
Brasil quer fim do cacau importado em 5 anos

 

A vassoura-de-bruxa devastou plantações e colocou o Brasil na posição de importador de cacau. Agora, passados 23 anos do surgimento da praga, o país persegue o objetivo de atingir a autossuficiência a partir de 2017.

Uma das principais ações para cumprimento da meta acontece em Barro Preto, município localizado ao sul da Bahia (a 447 km de Salvador), numa parceria entre o governo federal e a fabricante mundial de alimentos Mars.

Por meio de pesquisas em desenvolvimento, eles pretendem elevar em 361,5% –dos atuais 195 quilos, em média, para 900 quilos– a produtividade de cacau por hectare na região, famosa pela tradição de Ilhéus.

A crescente demanda de cacau pela indústria do chocolate é o principal fator para a reação, mas também estão em jogo a recuperação da economia e a manutenção da atividade dos cerca de 60 produtores de cacau brasileiros.

Somente na última safra (2011/2012), a procura por cacau exigiu a importação de pelo menos 80,4 mil toneladas da fruta. A produção nacional alcançou 245,4 mil toneladas, sendo a maior contribuição a da Bahia– 63,6%.

O deficit da produção mundial de cacau, que pode chegar a 1 milhão de toneladas até 2020, segundo cálculos da indústria, aumenta a preocupação.

Dados recentes da ICCO (Organização Internacional do Cacau) apontaram queda na produção de 319 mil toneladas na última safra, de 4,3 milhões de toneladas, em relação à anterior, em razão de problemas nas lavouras da Costa do Marfim, maior produtor mundial.

"A autossuficiência brasileira é garantida com aumento da produtividade. Estamos caminhando para isso e ainda teremos menos exposição aos riscos, como doença", disse o diretor da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), Jay Wallace da Silva Mota.

GENOMA

As pesquisas têm como objetivo identificar, até meados de 2015, uma nova variedade de cacau que possa garantir produtividade, resistência à vassoura-de-bruxa e mais sabor ao chocolate produzido.

Em 2008, a Mars iniciou o mapeamento do genoma dos três tipos de cacau existentes até então -criollo, forasteiro e trinitário- e concluiu que havia outros nove.

A iniciativa possibilitou cruzamentos de variedades, que atualmente são testados no MCCS, o centro de pesquisas em cacau da Mars, localizado em Barro Preto.

"Com a identificação do genoma, o processo de mapeamento genético de uma planta, que antes durava 25 anos, agora pode ser concluído em até cinco anos", disse o diretor científico do MCCS, Jean-Philippe Marelli.

Um dos cruzamentos realizados apontou uma variedade com características para acrescentar mais sabor ao chocolate. Outras variedades apresentaram tolerância à vassoura-de- bruxa ou elevada produtividade.

Segundo a Ceplac, as mudas e sementes de uma nova variedade poderão ser distribuídas pelo governo após a sua certificação. Na Bahia, uma biofábrica já produz mudas para os cacauicultores.

O governo também busca obter, até 2014, o registro de indicação geográfica do produto no sul da Bahia. O documento garante identidade, reputação e valor ao cacau.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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