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Pesquisa: Pior malha rodoviária do país fica na Região Norte

Publicado em: 21/08/2022 - 2:07
Pesquisa: Pior malha rodoviária do país fica na Região Norte

A região Norte, que concentra sete dos nove estados da Amazônia, tem 77,8% das rodovias em estado regular, ruim ou péssimo, de acordo com a Pesquisa de Rodovias de 2021 da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

A pesquisa indica que a maioria das rodovias pavimentadas desgastada, com trincas, remendos, afundamentos, buracos ou totalmente destruídas.

O amazon representa uma regional que traz diversos problemas para o desenvolvimento a realidade anica.

De acordo com a CNT, o transporte rodoviário é, ainda hoje, o principal modal utilizado no Brasil, responsável pela movimentação de mais de 90% da carga nacional. Assim, são muitos os desafios de logística e transporte. Em três edições, abordaremos os desafios e potencial de cada modal.

A Pesquisa de Rodovias analisa a situação atual e aponta os custos operacionais para a realização dos serviços de transporte, que são também a região, se comparados ao custo estimado, caso como as maiores Considerando como: despesas de manutenção do veículo, desgaste e troca de pneus e freios, maior demanda do motor e consumo de fatores por quilômetro rodado. Além de pesar no bolso do setor, a condição atual das rodovias do Norte custos ambientais, como o desperdício de diesel e os maiores de gases poluentes.

Segundo Elaine Ra, Gerente Executiva de Desenvolvimento do Transporte da CNT, a falta de infraestrutura nas rodovias também resulta em resultados para a competitividade no mercado de exportação. “Quando se compara com outros países com menores problemas de infraestrutura, o produto já chega no porto com um custo muito maior. Consideramos que movimentamos mais nacionalmente 90% da carga nas rodovias, é preocupante ter uma malha rodoviária tão baixa no país”, ressalta.

A indústria e o setor agropecuário são alguns dos mercados impactados pela condição precária. De acordo com o Superintendente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Gilberto Baptista, mesmo tendo tecnologia e alta capacidade de produção, o agronegócio perde espaço na competição internacional, por se deparar com uma logística mais complexa e perigosa. “Você tem rodovias caras para o transporte, assaltos recorrentes e muitos acidentes de trânsito. Isso traz um grande entrave para a economia e logística”, explica.

Faltam custos e dispositivos básicos de proteção

Além dos gastos financeiros e da maior emissão de gases poluentes, o estado das despesas atuais traz resultados para o sistema público de saúde, por conta da grande incidência de acidentes.

Dentre os problemas planejados pela pesquisa, está a indicação: 76,0% da sinalização em hoje a extensão da área útil da região são, arruinados ou péssimos. Além disso, falta acostamento apropriado em 56,1% dos trechos apreciados e 24,1% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalizado. “Os dispositivos básicos de proteção (guardacorpos ou barreiras de proteção) têm papel fundamental na segurança viária dessas estruturas, pois têm a função de impedir a queda do veículo desgovernar, o choque lateral ou propiciar a recondução do veículo à faixa de”, ressalta o texto do relatório.

Família sofreu acidente grave no interior do Pará

Foi ao tentar buscar o custo para desviar de um buraco na rodovia que o engenheiro de engenharia, 28 anos, Marcelo Silva apresentou um acidente grave na estrada. Em março de 2021, ele estava acompanhado da irmã, a engenheira Mônica Silva, 21, e da esposa, a educadora física Isadora Bethânia, 33. A família se deslocava do município de Salinópolis, nordeste do Pará, rumo à capital do estado, Belém , uma consulta médica de pré-natal de Isadora, que estava com quatro meses de gestação.

55 da BR-316 próximo, à passarela de Apeú, Ao passar em Castanhal, Marcelo a vila um grande buraco na curva e, ao tentar desviar, deparou-se com o cheio de costamento alagado e cheio de lixo. “A água no acostamento batia esses entulhos e escorria para a ‘BR’. Quando fui fazer a curva, o carro saiu do controle e derrapou. Ficou girando várias vezes até capotar”, recorda o engenheiro. felizmente, todos tiveram apenas poucas folhas. “Foi um milagre. Hoje, é um pouco saudável, muito grande pensando que não somos todos bem, seguindo com a minha vida, inclusive, minha filha está saudável, (o acidente) impacto na gravidez”, informa Marcelo.

Quase quatro mil mortos nas rodovias do Pará, em três anos

Segundo o Departamento de Trânsito do Estado (Detran/PA), o Pará 2019 e 2021, aconteceram quase 88 mil acidentes, sendo que, deste, quase 4 mil pessoas foram consideradas a vida nas rodovias do Pará.

Por morar no interior do estado, no município de Santa Maria do Pará, o engenheiro Marcelo Silva, que escapou com a família do acidente grave no município paraense de Castanhal, tem o traje de dirigir nas rodovias do estado e relata já ter presenciado muitos acidentes . “Especialmente aqui, no interior do estado, também tem a questão de que muitos usam motocicletas. Então, às vezes, buracos que podem ser considerados menores sendo fatais. Recentemente, vi um motociclista que estava desviando de um buraco e acabou colidindo com um caminhão e morreu. O perigo é constante”, diz.

Região precisa de quase R$ 8 bilhões em investimentos

A Pesquisa de Rodovias, da Confederação Nacional de Transportes, indica que o estado atual das rodovias da região Norte está em condição tão precária que seria necessário um investimento de aproximadamente R$ 7,8 para ações emergenciais, de manutenção e de construção de vias .

A falta de infraestrutura também pesa no bolso do consumidor final de diferentes produtos. De acordo com Everson Costa, técnico e pesquisador do Departamento Intersindical Exemplo de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-Pa), os gastos com combustível, por exemplo, que estão entre as determinações das más condições das rodovias, impactam no valor dos produtos que chegam aos supermercados. “Apesar da produção agrícola no Pará estar em constante crescimento, a maioria dos produtos da nossa cesta básica ainda vem de fora, como o tomate eo arroz – que vêm de Goiás. E um dos fatores hoje que impacta bastante é o preço do frete. Com estradas em mais condições, o prazo de entrega e o gasto com aumento de combustível. Isso acaba pesando no valor final do produto”, explica.

A reportagem do Liberal Amazon entrou em contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), gestor executor das rodovias e órgãos públicos, em busca de um posicionamento sobre a situação das rodovias da região Norte. Porém, não obteve retorno do órgão até fechamento desta edição.

Solução passa pelo planejamento estratégico

A diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Ane Alencar, fez parte de uma equipe de cinco da região amazônica (Bolívia, Brasil, Ciência, Equador e Peru), que países regiões 75 projetos de novas rodovias. Ao avaliarem fatores como como calcular de e investir, perceberam que os projetos que terão um custo maior para construir.

O estudo foi publicado em 2020 na revista científica americana PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. Segundo a diretora do IPAM, um dos pontos de trabalho negligenciados nos projetos é o movimento migratório que emerge a partir da criação de uma nova rodovia, com famílias inteiras em busca de novos empregos e de vida. “(Essa educação para serviços públicos) acaba gerando uma pressão nos serviços de saúde, por exemplo, que vai ajudar a resolver a demanda”.

Atrelado a esse da falta de planejamento, observado no estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), os impactos ambientais: derrubada de florestas, aumento da emissão de gases poluentes, que juntos, perda ambiental, também estão agravam problemas de saúde, clima e outros fatores que impactam diretamente na qualidade da vida da população. “Por isso, é preciso ter o planejamento estratégico desde a criação do projeto de uma nova até depois da pavimentação, acompanhando todo o processo de ocupação da migração, de forma ordenada e com governança, para reduzir a pressão que esses impactos podem causar essas áreas”, conclui.

Integração de modais é necessária para todo o país

Para Ane Ane Car, a saída para o desenvolvimento e melhoria no transporte na Amazônia também é integração modal. “Antes de se construir uma hidrovia, uma estrada, ferrovia, é preciso avaliar com muita profundidade o que já existe em uma região e que pode ser melhorado, quais são, impactos de fato, impactos positivos e positivos de cada tipo de transporte. A partir daí, desenvolver estratégias integradas e desenvolver”, sintetiza.

A gerente da Confederação Nacional do Transporte, Elaine Radel, corrobora com esta avaliação. Com integração modal no país, segundo ela, o mais adequado seria movimentar cargas mais pesadas, com maior distância e maior prazo de entrega, por ferrovias e hidrovias; cargas mais leves e com redução de distância por rodovias, e produtos de maior valor agregado e menor prazo de entrega pelo modal aéreo. “Atualmente, todos os setores de investimento”, pontua.

No Acre, 100% das rodovias apresentam algum tipo de problema

O estado do Acre, que possui extensão territorial de 164.173.431km² (quase vezes menor que o estado do Pará, por exemplo), se destaca na Pesquisa de Rodovias da CNT por todas as rodovias classificadas entre regulares, ruínas ou exemplos. Apenas para ações emergenciais, seria necessário um investimento de R$ 1,5 bilhões, de acordo com a pesquisa.

Em acidentes, dados do Anuário da Polícia Rodoviária, mostram que 255 acidentes em acidentes de Acre, com 222 mortes. Já nas estaduais, segundo foram 413 acidentes em 202, com 16 informações da Polícia Militar do Acre.

Precariedade também atende rodovias de todo o país

Apesar de o Norte ser a região com o cenário pior rodoviário do Brasil, as duas rodovias mais precárias do país, segundo a Pesquisa de Rodovias da CNT, estão na região Sul. São elas as BR-163 (sobreposição com BR-282). no estado de Santa Catarina, e RS-153 (posição com BR-153 e BR-471), no Rio Grande do Sul, que ocupam respectivamente a primeira e segunda colocação.

O Norte, porém, figura no ranking das dez piores com três rodovias: as AC-405 e AC-010, no Acre, ea AM-010, no Amazonas. Além disso, ainda não há ranking, em 9º lugar, a rodovia MA-006, do Maranhão, estado no Nordeste que compõe a Amazônia Legal.

Aliás, o Maranhão e o Mato Grosso (na região Centro-Oeste), ambos também apresentam uma situação que a Pesquisa da CNT alerta para a necessidade urgente de investimentos. O Maranhão tem 79,3% de rodovias em estado regular, ruim ou ruim e que demandariam R$ 3,7 bilhões para emergências de recuperação. No Mato Grosso, 64,1% das rodovias estão com essa mesma classificação e, segundo a Pesquisa da CNT, seriam R$ 2,3 bilhões para as ações emergentes.

No cenário rodoviário por regiões, considerando a classificação regular, ruim ou péssimo, além do Norte em primeiro lugar, constam: região Sul, em segundo, com 64,7% das rodovias em estado regular, ruim ou péssimo; em terceiro lugar, está na região Nordeste (64,1%), seguida pelo Centro-Oeste (61,3%) e Sudeste (51,1%).

Ranking das 10 piores rodovias do Brasil

1. BR-163 (Sobreposição com BR-282): entre os municípios Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste (SC)
2. RS-153 ((Sobreposição com BR-153 e BR-471): entre os municípios Barros Cassal e Vera Cruz (RS)
3. AC-405 (Sobreposição com BR-364): entre os municípios Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul (AC)
4. AC-010, entre os municípios Porto Acre e Rio Branco (AC)
5. AM-010, entre os municípios Manaus e Itacoatiara (AM)
6. BA-122 (Sobreposição com BR-122, BR-330 e BR-349): entre os municípios Morro do Chapéu e Seabra (BA)
7.PE -177: entre os municípios Quipapá e Garanhuns (PE)
8. PE-545 (Sobreposição com BR-122): entre os municípios Exu e Ouricuri (PE)
9. MA-006 (Sobreposição com BR-330): entre os municípios Buriticupu e Alto Parnaíba (MA)
10. PE-096: entre os municípios de Palmares e Barreiros (PE)

Fonte: Pesquisa de Rodovias 2021

Veja, abaixo, os estados da Amazônia brasileira e suas porcentagens de estado regular, ruim ou péssimo

1. Acre 100%
2. Amapá 96,7%
3. Amazonas 95,1%
4. Rondônia 89,4%
5. Maranhão 79,3%
6. Pará 79,2%
7. Tocantins 65,1%
8. Mato Grosso 64,1%
9. Roraima 42,5%

Fonte: Pesquisa de Rodovias 2021

Autor: Liberal Amazon.

Foto: Carlos Oliveira / Ariquemes Online.

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