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Manifestantes fazem ato contra violência à mulher em Roraima

Publicado em: 09/03/2019 - 12:00
Manifestantes fazem ato contra violência à mulher em Roraima

Dezenas de pessoas, entre membros de entidades, estiveram reunidas na praça do Centro Cívico de Boa Vista para um ato contra a violência à mulher nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. O estado teve a maior taxa de assassinatos do gênero em 2018, conforme dados do Monitor da Violência do G1.

De acordo com uma das representantes do Núcleo de Mulheres de Roraima (Numur), Antônia Pedrosa Viera, temas relacionados à violência contra a mulher precisam ser abordados com maior veemência, dando voz ao ponto de vista feminino.

“Roraima é um dos estados mais perigosos para mulheres no Brasil. E precisamos falar disso, pois a violência que temos aqui está matando"
"Patriarcado e machismo são coisas que sempre buscamos chamar a atenção por terem desdobramentos que culminam em morte de mulheres. 71% dos feminicídios ocorrem por ex ou atuais companheiros de relacionamentos”, afirmou.

Em 2018, Roraima teve quatro feminicídios e 24 homicídios dolosos ou assassinatos intencionais de mulheres, aponta dados do Monitor da Violência, um projeto do G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Antônia destaca que os dados transmitem a insegurança em todos os ambientes.

“Onde a mulher sobrevive de forma segura? É na rua, de noite? É no transporte público, onde se sofre assédios e abusos? É em casa, onde ocorre a violência doméstica? É no trabalho, onde também se é suscetível à assédios, além de ganhar menos que homens? Esses casos são comuns e são riscos de se escalar para a morte. Precisamos falar disso”, reforça.

Maria Ferraz, que coordena o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra em Roraima, afirmou que além da violência há falta de cuidado em políticas públicas que acabam desfavorecendo mulheres de classes mais vulneráveis.

“Queremos discutir a reforma da Previdência, desconstruir ela. Mulheres que trabalham na roça, que já possuem uma vida sofrida são fragilizadas, não merecem ter o direito de se aposentar somente aos 60 anos”, explicou.
Carla Cristina, representante em Roraima da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), afirma que a luta por direitos iguais está mais distante a cada dia.

“Sentimos uma retração de conquistas, principalmente para mulheres que são agricultoras ou donas de casa. Existe marginalização e criminalização da nossa luta, na atual política, por causa de questões partidárias. Nós, acima de qualquer partido, lutamos por mulheres em geral, e não desistiremos não importa o que nos acusem”, contou.
 

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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