No AM, mortes em naufrágios chegam a 37 nos dois últimos anos
Publicado em: 24/02/2013 - 12:00
Nos últimos dois anos, 37 pessoas morreram nos 133 naufrágios registrados pela Marinha em rios que banham o território amazonense. Para as Forças Armadas, as mortes estão associadas à falta de habilidade dos condutores para navegar com as embarcações e a imprudência de navegadores no Amazonas.
De acordo com o comando da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), os naufrágios ocorrem principalmente nos rios da Região do Baixo Amazonas, mais especificamente no percurso entre os municípios de Itacoatiara, Parintins e cidades circunjacentes no Rio Amazonas.
A Marinha enfatizou que a maior parte dos acidentes é causada por imperícia ou imprudência, onde os tripulantes e passageiros não estão usando coletes salva-vidas ou não há os equipamentos de salvatagem na embarcação (boias, coletes e outros equipamentos de resgate).
Segundo a Capitania, a garantia da segurança do tráfego aquaviário e a proteção dos passageiros e tripulantes, estão ligadas diretamente ao cumprimento das normas e recomendações na navegação. Neste, a presença dos equipamentos obrigatórios é considerada imprescindível.
Falta de aptidão para navegação nos rios também é uma das causas dos acidentes, segundo a Marinha (Foto: Tiago Herculano/TV Amazonas)
“Dependendo do tamanho e do tipo da embarcação, os seguintes equipamentos são obrigatórios: aparelho de comunicação (Rádio VHF fixo ou móvel que transportem qualquer número de passageiros); material de salvatagem (boias e coletes salva-vidas); extintor de incêndio; e balsa salva-vidas”, o CFAOC.
Em relação à investigação dos naufrágios, a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental esclareceu que, para cada ocorrência, um Inquérito Administrativo sobre Fatos e Acidentes da Navegação (IAFN) é instaurado para apurar as responsabilidades pelo ocorrido. “Este Inquérito tem o prazo inicial de 90 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por até doze meses”, informou a Marinha.
Para evitar novos acidentes, a Capitania Fluvial afirmou que tem realizado fiscalizações das embarcações que transportam passageiros. “A fiscalização é realizada diariamente por meio de lanchas da Capitania, Delegacia e Agências que abordam as embarcações para verificação dos itens de segurança, documentação da embarcação, qualificação da tripulação e quantitativo de passageiros”, explicou.
Capitania Fluvial divulgou que mais de 4 mil embarcações foram flagradas com irregularidades no Amazonas no ano passado (Foto: Frank Cunha/G1 AM)
Em 2012, durante as abordagens feitas pela Capitania Fluvial, Delegacia e Agências foram notificadas 4.522 embarcações flagradas com irregularidades no Amazonas. “A legislação aplicada ao tráfego fluvial, além de orientar, prevê punições ao seu descumprimento que podem ser repreensão, multas, retirada de tráfego da embarcação e cassação da Carteira de Inscrição e Registro (CIR)”, enfatizou o comando da Marinha.
A Marinha recomenda ainda a condução da embarcação com prudência e dentro dos limites de velocidade, o navegador não conduzir embarcação alcoolizado e manter distância das margens, praias e de banhistas. As irregularidades podem ser relatas através do telefone 0800 280 7200 (Disque Denúncia).
Apesar do volume de registros, o número de mortes e de acidentes tem apresentado redução nos dois últimos anos. Em 2012, foram contabilizados 94 naufrágios, que resultaram na morte de 25 pessoas. No ano anterior o número de vítimas caiu para doze pessoas mortas nos 39 acidentes que aconteceram.
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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