Mais de 700 imigrantes do Haiti, Senegal, República Dominicana e Nigéria na fronteira Brasil-Bolívia
Publicado em: 21/03/2013 - 12:00
Abrigados precariamente num galpão no município de Brasiléia (AC), na fronteira com a Bolívia, mais de 700 haitianos, incluindo 120 mulheres e crianças, aguardam documentação para que possam partir em busca de trabalho em outras regiões do Brasil. O grupo também inclui imigrantes do Senagal (14), República Dominicana (7), Nigéria (2) e Bangladesh (1).
Com auxílio do governo federal, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre (Sejudh) gasta diariamente R$ 9 mil com alimentação dos imigrantes. A partir de dados de CPFs emitidos pela Polícia Federal, no período de 2010 a 2011, Brasiléia recebeu 1.599 haitianos, que foram viver em outras regiões do país.
Este ano, entre janeiro e 15 de março, já foram emitidos 1,8 mil CPFs para haitianos. Uma equipe da PF expede diariamente apenas 10 CPFs, mas existem 400 imigrantes esperando o documento, incluindo haitianos e quem veio do Senagal, Nigéria, República Dominicana e Bangladesh.
A devastação causada pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010 no Haiti atingiu 3 milhões de pessoas, mais de 220 mil morreram e 1,5 milhão ficaram desabrigadas.
Mais de 5 mil haitianos já entraram no Brasil pelas fronteiras com países da bacia amazônica. Eles cruzam ilegalmente a fronteira, aguardam visto temporário e são transferidos e contratados como mão-de-obra nas regiões mais desenvolvidas do país.
Na avaliação de Damião Borges, representante da Sejudh em Brasiléia, o que preocupa é que tem diminuído na cidade é o número de empresários de outros estados interessados em contratar os imigrantes. A cidade recebe diariamente 30 haitianos.
Apenas cerca de 40% dos imigrantes podem custear as suas viagens para centros urbanos em outras partes do Brasil, depois de receber os seus CPFs.
– Porém, 60% estão esperando empresários para levá-los a frentes de trabalho. Caso diminua a procura de empresários por haitianos e mais gente continue a chegar, é possível que a população de imigrantes cresça em Brasiléia, além da capacidade institucional para cuidar deles – alerta Borges.
O pesquisador Foster Brown, do MAP -de Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia)- uma iniciativa de de direitos humanos, relatou que encontrou neste fim de semana, em Brasiléia, parentes de um haitiano que já está no Brasil, além de uma haitiana quase cega que dialogou com ele em inglês e espanhol.
O padre René Salízar, de Ibéria, no Peru, que também faz parte da iniciativa MAP, já se manifestou muitas vezes no país dele sobre a situação dos haitianos.
– Este um problema que nunca vai acabar. Eles seguem entrando no Peru sem nenhum problema, a partir da fronteira do Equador, de maneira ilegal. Chegam a Puerto Maldonado, logo locam um carro até Iberia, onde existem vários coiotes que os levam até a fronteira com a Bolivia, onde estão os coiotes bolivianos – relata.
Os coiotes costumam extorquir os haitianos, para é fácil viver no Brasil, onde contam com apoio dos governos estadual e federal. Os que estão no Brasil seguem chamando seus compatriotas.
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