Manaus – O Amazonas fechou o ano de 2012 com 7 mil postos de trabalho preenchidos por meio do Sistema Nacional de Emprego do Amazonas (Sine-AM), o equivalente a uma queda de 30% em relação a 2011. Das 14,7 mil vagas oferecidas, o órgão conseguiu inserir no mercado apenas a metade de profissionais. Especialistas apontam o resultado ruim a um possível ‘apagão’ da mão de obra qualificada.
Para o economista Francisco de Assis Mourão Júnior, o resultado pode ser fruto de um ‘apagão’ da mão de obra qualificada. “Apesar de um problema gravíssimo no PIM neste ano, incluindo no setor de Duas Rodas, esses dados do Sine demonstram que temos um apagão na mão de obra. Não está acontecendo a requalificação do trabalhador, a mudança de função”, criticou.
O economista explica que muitas empresas, ao procurar determinadas vagas, acabam esbarrando na dificuldade em encontrar pessoas qualificadas e optam por treinar quem já está dentro da companhia. “Isso vai ser um problema nos próximos anos, principalmente para o setor de turismo, que vai precisar de pessoas com cursos de inglês e relações interpessoais para tratar bem os turistas”, explicou.
A presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Amazonas (ABRH-AM), Ozeneide Casanova, salientou que o problema nasce na preocupação das empresas em concorrer com outros mercados. “Quando se concorre com alguém, precisa ser competitivo, produtivo e, acima de tudo, bom. Se as pessoas que buscam as vagas não atendem os requisitos, as empresas não têm como contratar e fornecer um bom produto”, explicou Ozeneide.
Mas para o diretor da Targo Consultoria, Carlos Oshiro, o próprio trabalhador tem uma parcela de culpa. “Há muita falta de interesse do próprio profissional. Mas a empresa também tem culpa por não investir na formação da pessoa. Muitas vezes a empresa até quer capacitar, oferecer cursos, mas os trabalhadores não se interessam ou frequentam de má vontade”, justificou Oshiro.
O especialista ressalta que é comum as empresas fazerem inúmeras exigências quando procuram algum profissional, mas acabam dispensando quando eles não atendem os requisitos, ao invés de preparar aquele candidato.
Mais encaminhamentos
De acordo com o secretário de Estado do Trabalho (Setrab), Paulo Mendonça Júnior, foi feito ‘o possível’ para não se fechar o ano ‘no vermelho’ e, inclusive, foram encaminhados mais de 24,9 mil pessoas para oportunidades de emprego, quantidade 31% maior do que em 2011. Para ele, a ‘qualidade’ da mão de obra nem foi o ponto-chave para a queda, mas o próprio cenário econômico nacional e mundial, pouco propício para mais contratações do que demissões em 2012. Para cada vaga, foram encaminhadas três pessoas.
Na avaliação do superintendente regional do Trabalho (SRTE), Dermilson Chagas, a crise que abalou o Polo Industrial de Manaus (PIM), aliado ao endividamento do trabalhador, foi um dos fatores que contribuíram para o cenário desfavorável.
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