Eletrobras Amazonas Energia dá largada para UTE Mauá 3

Pedro Aurélio Teixeira, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção 

19/10/2012

A Eletrobras Amazonas Energia (AM) assinou esta semana o contrato de construção da UTE Mauá 3 (AM- 583 MW), que deverá entrar em operação o primeiro semestre de 2014. A usina movida a gás terá investimentos de R$ 1,1 bilhão. De acordo com Tarcísio Rosa, diretor de geração, transmissão e operação da Eletrobras Amazonas Energia, a usina representa uma mudança na matriz energética do estado e já deve iniciar a sua construção em breve. "Ela representa a consolidação da utilização do gás do Amazonas. As obras já devem começar por agora, em novembro já devemos ter movimentação", explica. A usina será construída em duas fase: A de ciclo simples, que termina em 2014 e depois a de ciclo combinado, que termina no início de 2015.

A construção da usina ficará a carga da Andrade Gutierrez, que venceu o processo licitatório internacional do qual segundo Rosa participaram 40 empresas. Segundo ele,  os problemas ocorridos com o Tribunal de Contas da União – que chegou a determinar a paralisação do processo por conta de representação de um dos participantes – foram superados. "Tivemos o maior cuidado. Quando o TCU nos questionou, pegamos as respostas que já tínhamos no nosso site e enviamos ao TCU. Nós só fizemos colocar o que já tinha no site para o TCU", aponta.

A Andrade Gutierrez saiu vencedora no processo e juntamente com a Siemens, vai fazer a implementação da usina em regime de turn-key. As turbinas serão fornecidas pela fabricante alemã. A UTE Mauá irá substituir outras usinas que a Eletrobras Amazonas Energia possui no estado, mas que operam movidas a óleo e a gás com baixa eficiência. As turbinas da Siemens deverão demandar investimentos de US$ 220 milhões e serão construídas na fábrica da empresa em Charlotte, na Carolina do Norte.

A energia da usina também vai estar disponível para o linhão de Tucuruí, que deve chegar a Manaus no primeiro semestre do ano que vem, quando o estado estará conectado ao Sistema Interligado Nacional. "O linhão chega em Manaus pela Subestação Lexuga em 500 kV. Lá ele é rebaixado a 230 kV e sai uma linha até a localidade de Mauá, aonde fica a usina. Vamos para uma situação que poderemos até exportar energia", observa.

A utilização do gás natural do Amazonas na usina traz um novo panorama para o estado, em que aliado a conexão do estado com o resto do SIN, poderá viabilizar usinas em leilões de energia. "O gasoduto que está aqui em capacidade  hoje para 5,5 milhões de metros cúbicos, mas ele foi construído para poder trazer até 10 milhões. É uma questão de verificar os custos para participar dos leilões de térmicas a gás", ressalta.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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