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748 mil pessoas optaram por não trabalhar no Estado do Amazonas

Publicado em: 30/10/2012 - 12:00
748 mil pessoas optaram por não trabalhar no Estado do Amazonas

O Amazonas possui atualmente 748 mil pessoas com idade entre 15 e 39 anos que poderiam estar trabalhando, mas, por razões diversas, optam por não ter um emprego.

O volume de ‘encostados’ do mercado formal equivale a população total de 42 municípios do Estado. O grupo representa 45% da população economicamente ativa, estimada em 1,6 milhão de cidadãos.

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 176 mil jovens entre 18 e 24 anos de idade estão no grupo de não economicamente ativos, e para o chefe de disseminação de informações do órgão, Adjalma Nogueira, pessoas que preferem estudar ou cuidar da família são os casos mais comuns.

“Nesse grupo tem muitas pessoas que poderiam estar trabalhando. Mas se nós quisermos formar trabalhadores capacitados para o mercado, precisamos ter um exército se preparando para isso. Se a pessoa trabalha e estuda não vai ter nível tão bom quanto se ela só estudasse. O estudante noturno, que vai para o distrito ou comércio, acaba tendo um rendimento menor”, explicou Adjalma Nogueira.

Segundo o responsável pelo IBGE no Amazonas, outro caso comum é o de mães que tomam conta de seus filhos. Ele alega que, se ela fosse para o mercado de trabalho teria que arcar com custos como creche, ou pagar alguém para ficar com os filhos.

“Existem também os acomodados, aqueles que atendem a todos os requisitos do mercado, mas simplesmente não querem um emprego. Essa é uma parcela menor, mas extremamente representativa. Culturalmente, percebemos que o filho amazonense sai de casa muito tarde. São pessoas que se tivessem progredido estariam em melhores condições. Tem também as pessoas que estão estudando, mas não querem vínculo empregatício por estarem almejando vagas em concursos”, analisou Adjalma Nogueira.

Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Amazonas (ABRH-AM), Elaine Jinkings, do grupo entre os não economicamente ativos, existem os universitários que estudam durante o dia, ou ainda estudantes de cursos que demanda o dia inteiro, como economia. “Há jovens que não estão mais na escola, abandonaram o Ensino Fundamental ou Médio e podem estar na informalidade”, alertou Elaine.

A presidente chamou atenção para a dificuldade de universitários que não possuem experiência enquanto estão estudando, e quando se formam e vão procurar emprego acabam encontrando rejeição por não terem experiência profissional anterior, apesar de bem qualificados.

Benefícios do governo federal emperram formalidade

Na avaliação do vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas (Fecomércio), Aderson Frota, muita gente não tem acesso ao mercado de trabalho por causa de programas assistenciais do governo, como o Bolsa Família.

Ele explica que, a partir do momento que a pessoa depende do benefício e sabe da possibilidade de perdê-lo no caso de conseguir alguma oportunidade de carteira assinada, ela opta por continuar recebendo a ajuda mensal do governo.

A observação de Frota faz sentido se levado em consideração que, só na capital, até setembro, o governo do Estado desembolsou mais de R$ 139 milhões em Bolsa Família, montante 28% maior do que foi liberado no mesmo período do ano passado.

Outra explicação dada pelo vice-presidente da entidade é a própria informalidade. “A produção dessa atividade não é registrada e é fato que muita gente trabalha ainda sem a formalização da carteira de trabalho. Todo esse contingente é formado por trabalhadores em potencial, mas a maioria dessas pessoas possui baixa qualificação e o mercado de trabalho está receptivo para pessoas qualificadas”, salientou.

“Antigamente, a população percebia pouco a necessidade de se preparar. Mas hoje, as indústrias não buscam mais o operário comum. Os processos estão mais tecnológicos e quem não se prepara fica para trás”, completou. 

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