Inaugurada em 1976, a BR-319 possui 885,9 quilômetros de extensão, sendo 821 quilômetros no Amazonas e 64,9 quilômetros em Rondônia. A rodovia é a única ligação terrestre do Amazonas com as demais regiões do Brasil. A repórter Daniela Branches cruzou a estrada para registrar a batalha de quem precisa se locomover pela rodovia. O programa especial da Rede Amazônica será exibido no domingo (13), logo depois de "No Limite".
Atualmente a rodovia possui um longo segmento que fica intrafegável no período de chuvas. São 405 km, no chamado trecho do meio, o mais precário da rodovia.
Daniela dividiu a reportagem com o repórter cinematográfico Alexandro Pereira e o auxiliar técnico Paulo Frazão. A partida de Manaus ocorreu no dia 30 de março. Foram 10 dias de viagem.
“A BR-319 é um desafio, sempre foi. Esta é minha terceira grande viagem para a BR-319. A primeira foi em 2015 em período de verão amazônico – como é chamado o período chuvoso na região, então a pista estava completamente seca só que cheia de enormes buracos. Naquele ano ela estava ainda mais abandonada com caminhos afunilados por mata", conta.
A jornalista já havia percorrido a BR em 2017. "Era período chuvoso e enfrentamos muita lama. Tinha um trecho da estrada conhecido como "piscinão", eram alguns trechos de atoleiro intensos. Desta vez, pra mim, foi impressionante ver a quantidade e sequência contínua de atoleiro", conta.
A saída de Manaus com destino à 319 ocorreu embaixo de uma chuva forte de balsa até o Careiro da Várzea. De lá, a equipe seguiu pela BR. "Alguns buracos em asfalto, mas pequenos diante das enormes dificuldades que viriam à frente".
No caminho, muitas dificuldades, mas relatos de protagonistas dessa história de 45 anos. Moradores e usuários da BR, gente que desde 1988, quando ela começou a parar, esperam pelo reasfaltamento. "Me surpreendo cada vez que vou lá, por ver ao desgaste no olhar das pessoas, mas também a esperança que ainda resiste", diz.
Sobre os atoleiros, foram os mais feios vistos por ela. "Fiquei impactada com a extensão. Enfrentamos áreas de lama dispersas e profundas nos primeiros trechos, mas quando entramos no trecho do meio foram 70 km de muito barro, muita lama. Nós atolamos 3 vezes, a na última levamos quase seis horas para conseguir resgate. Isso foi a noite, fomos arrastados por um trator as 3 horas da manhã. Aliás, em boa parte da estrada, fomos escoltados por uma máquina de serviço da estrada para qualquer situação. Resultado: Nós e a máquina atolamos", relata.
A dificuldade foi a mesma relatada pelo cinematográfico Alexandro Pereira. "Ficamos atolados três vezes. O pior foi a noite. Ficamos de 9 da noite ate 3 da madrugada. Eu não fazia apenas filmagem, eu divida as funções em ajudar a levar o cabo para socorrer a equipe. Tive que ajudar a fazer resgate nos atoleiros", conta.
Daniela conta que a reportagem também vai trazer autoridades que conversam abertamente sobre o assunto.
"Não podemos deixar de falar sempre dos impactos que o retorno desse movimento pode causar, mas também de todas as soluções garantidas pelos governos para que ela possa ser reasfaltada com segurança. O entrave do licenciamento permanece e ainda se aguarda que seja analisado ainda esse ano", explica a jornalista.
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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