Novembro também é marcado pela cor roxa, que alerta sobre o crescente número de partos prematuros em todo o mundo e a mudança que precisa acontecer para evitar e prevenir essas ocorrências. Nesta terça-feira, 17, é o Dia Mundial da Prematuridade, e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) conversou com a pediatra com formação em neonatologia do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), Perpétua Tenorio, sobre os desafios e como prevenir.
São considerados prematuros os bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação. Existe uma classificação entre os bebês nascidos nessa condição: Prematuros Extremos, os que nascem antes de 28 semanas de gestação; Muito Prematuros, nascem entre 28 e 32 semanas; e Prematuro Moderado a Tardio, nascidos entre 32 e 37 semanas de gestação.
"Os bebes nascidos abaixo de 34 semanas, em sua maioria, irão necessitar de cuidados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo)", explicou Pepétua.
A pediatra ressaltou ainda que as principais complicações iniciais dos bebês nascidos nesse período da gestação são os distúrbios respiratórios e as infecções e, tardiamente, os problemas neurológicos, como paralisia cerebral, alterações visuais e auditivas.
O nascimento de bebês cedo demais continua sendo a maior causa de mortalidade neonatal. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil nascem por ano 320 mil bebês nessas condições. No Amapá, dados do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), mostram que 20% da média de 840 partos por mês são prematuros.
Uma gestação costuma durar entre 38 e 40 semanas. No entanto, alguns fatores como infecção materna, tabagismo, gestante adolescente, gemelaridade, malformação fetal, histórico de parto prematuro anterior, entre outros, podem levar a um parto antecipado. A médica falou que a prevenção é a melhor estratégia para reduzir o número de partos prematuros. E que na maioria dos casos, o pré-natal bem feito pode evitar um parto antecipado.
"Um pré-natal adequado, consultas rotineiras, exames laboratoriais e ultrassom durante uma gestação são fundamentais para a detecção de possíveis doenças e alterações que podem aumentar o risco de um parto prematuro. As gestantes e seus parceiros devem comparecer às consultas, seguir as orientações dos profissionais de saúde e prestar atenção aos sinais de alerta de trabalho de parto prematuro, que são repassados nas consultas", orientou.
Perpétua reforçou também que manter hábitos de vida saudável, com atividade física e uma alimentação equilibrada antes de engravidar podem reduzir o risco de parto prematuro, aliado a uma assistência pré-natal de qualidade.
Pré-natal
Toda mulher gestante tem direito e deve fazer o pré-natal, que pode diminuir as principais causas de mortalidade materna e neonatal. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos municípios possuem ginecologistas e enfermeiros preparados para as consultas do pré-natal e devem fornecer exames laboratoriais e de imagem gratuitamente conforme estabelece o Sistema Único de Saúde (SUS).
Saiba alguns dos direitos garantidos pelo SUS:
– Teste rápido de gravidez;
– Consultas e exames de acompanhamento de acordo com a caderneta da gestante;
– Detecção e prevenção da transmissão de doenças, como sífilis e HIV;
– Preparação física, psicológica e emocional para o parto;
– Incentivo ao envolvimento do pai ou parceiro durante todo o processo.
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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