Pelo menos 63 muçulmanos foram detidos pelas autoridades do Myanmar (antiga Birmânia), após a embarcação que os levava para fora do país ter naufragado.
A maioria dos detidos eram de campos situados perto de Sittwe, capital do estado ocidental de Rakhine, onde mais de 120.000 pessoas das etnias rohingya e kaman, ambas maioritariamente muçulmanas, vivem desde 2012, segundo fontes policiais.
O naufrágio foi descoberto no passado fim de semana.
A polícia acusou de tráfico de seres humanos seis das pessoas que estavam na embarcação, outras quatro de posse ilegal de armas, e adiantou que os traficantes tinham nacionalidade birmanesa e bangladeshiana.
Segundo as autoridades, os traficantes teriam a intenção de levar o grupo de muçulmanos para a Malásia.
Entre 2012 e maio de 2015, cerca de 170.000 rohingyas, de Rakhine, confiaram em redes de tráfico para fugirem à repressão de que são alvo no Myanmar, onde não são reconhecidos como cidadãos, para serem levados para países como a Malásia ou a Tailândia.
As autoridades malaias e tailandesas conseguiram, em meados de 2015, desmantelar essas redes, o que reduziu a emigração da minoria rohingya.
Naquele momento, calcula-se que viviam no estado de Rakhine mais de um milhão de rohingyas, na sua maioria apátrida, após lhes ser retirada a cidadania pelo Governo birmanês no início da década de 1990, e serem submetidos a um regime de discriminação ao serem considerados como imigrantes ilegais do Bangladesh, apesar de várias gerações da minoria viverem no país.
Em agosto de 2017, o exército birmanês lançou uma campanha militar contra os rohingya em consequência dos ataques do Exército de Salvação rohingya, de Arakán, contra postos policiais e militares.
A operação militar, que os investigadores da ONU classificaram como "genocídio intencional", provocou o êxodo de cerca de 725.000 membros da minoria para o país vizinho, o Bangladesh.
A detenção das 63 pessoas que estavam na embarcação coincide com a viagem oficial à Tailândia e à Malásia da relatora da ONU sobre os direitos humanos no Myanmar, Yanghee Lee, a quem o Governo do Myanmar não permite a entrada no país.
Lee afirmou no ano passado que as operações militares de 2017 contra os rohingya têm "o selo distintivo de um genocídio".
LUSA
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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