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Comissão de Saúde sabatina nomes encaminhados pelo governador para Cetas, Fhemeron e Agevisa

Publicado em: 11/06/2019 - 12:00
Comissão de Saúde sabatina nomes encaminhados pelo governador para Cetas, Fhemeron e Agevisa

Atendendo ao que preceitua a Constituição Estadual, os deputados estaduais integrantes da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social (CSPAS) da Assembleia Legislativa, se reuniram de forma extraordinária, na manhã desta terça-feira (11), para sabatinar os indicados pelo governador Marcos Rocha (PSL) para ocupar os cargos de direção no Centro de Educação Técnico Profissional na área de Saúde (Cetas), Luciene Carvalho Piedade Almeida; da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), Ana Carolina Gonzaga de Melo, e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Ana Flora Camargo Gerhardt.

 

O presidente da CSPAS, Adailton Furia (PSD), e os membros Dr. Neidson (PMN), Chiquinho da Emater (PSB) e Luizinho Goebel (PV), além dos deputados Adelino Follador (DEM), Aélcio da TV (PP), Eyder Brasil (PSL) e Anderson Pereira (Pros), participaram da reunião.

 

O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB) participou da abertura da reunião e destacou que essas sabatinas, atendem aos preceitos legais e que os deputados estão cumprindo seu papel.

 

Luciene Almeida foi a primeira sabatinada. Coube ao deputado Dr. Neidson emitir o parecer pela CSPAS. "Sou docente na área da saúde, nas áreas médias e superior, sou enfermeira e doutoranda. E essa minha experiência me levou a ser convidada para assumir a chefia do Cetas", disse Luciene, ao se apresentar na abertura da reunião.

 

Furia comentou que o Cetas tem uma atuação ainda muito pouco reconhecida pela sociedade. "Como a senhora planeja, caso se torne a presidente, atuar para que o Cetas tenha uma maior atuação e mais visibilidade ao seu trabalho?", questionou.

 

Em resposta, Luciene Almeida declarou que é preciso abrir as portas para ações que aproximem a sociedade do Cetas.

 

Follador quis saber o maior desafio do Cetas. "Abrir as portas para o aperfeiçoamento profissional. Ampliar o rol de serviços, para oferecer aos nossos servidores e também aos demais profissionais de saúde, de outras esferas", detalhou Luciene.

 

Dr. Neidson indagou se o Cetas, na futura gestão, pretende capacitar também servidores municipais de saúde. "O projeto é de que o Cetas se torne uma escola de saúde pública. A intenção é que, de fato, se abra a porta da escola para recém-formados, pesquisadores e relações afins com a área da saúde", respondeu.

 

A preocupação manifestada pelos deputados é de que os cursos oferecidos possam atender às necessidades da rede pública de saúde e, principalmente, atingir aos profissionais de saúde todos os municípios.

 

Chiquinho da Emater desejou sucesso e destacou que a saúde é para quem gosta de gente, de lidar com as pessoas. "Conte conosco, pois o que pudermos fazer para melhorar a saúde do Estado, estamos à disposição".

 

Luizinho Goebel observou que "o Estado é mãe dos municípios. Um município pequeno não tem condições de oferecer aos seus servidores uma qualificação na saúde. Por isso, é importante que haja essa abertura do Cetas, essa aproximação com os municípios".

 

Anderson Pereira questionou sobre o maior desafio do Cetas e perguntou se ela era indicada ao cargo por algum deputado. "Como já disse, é elevar o nome da Escola, a um patamar que ela merece. Desde 2003 que estamos oferecendo cursos, mas ainda não tem o devido reconhecimento. Temos que mostrar o quanto é importante a educação no processo de melhoria da saúde. Não sou indicada por nenhum deputado".

 

Eyder Brasil desejou sucesso à indicada pelo governador, manifestando confiança de que seu nome será referendado pela Assembleia Legislativa.

 

Novamente, Aélcio da TV se posicionou contrário à norma constitucional, que prevê que os nomes indicados para fundações sejam sabatinados. "Sou contra e não farei pergunta. E vou me abster de votar também. Essa é uma atribuição do governador, que acho que o Legislativo não deve interferir".

 

Em contraponto, Adailton Furia disse que não enxerga nenhuma dificuldade em realizar as sabatinas. "É um momento de conhecermos essas pessoas indicadas pelo Governo e não vejo dificuldades em aprovar o nome da Luciene Almeida, por exemplo, que tem um currículo que se apresenta por si só. É importante que haja essa troca de informações", relatou.

 

Luciene Almeida agradeceu pela oportunidade de mostrar sua proposta de trabalho e disse que, em sendo aprovada para o cargo ao qual foi indicada, vai retornar à Assembleia Legislativa, para apresentar projetos de fortalecimento do Cetas.

 

 

Fhemeron

 

A médica hematologista e hemoterapeuta, Ana Carolina Gonzaga, foi a próxima sabatinada, agora com as presenças dos deputados Cabo Jhony Paixão (PRB), Cassia Muleta (Podemos), Cirone Deiró (Podemos), Marcelo Cruz (PTB) e Rosângela Donadon (PDT), que foi designada para a relatoria. Dr. Neidson destacou a dificuldade de se controlar a indicação componentes do sangue, com alguns pacientes recebendo plaquetas, por exemplo, sem a devida necessidade.

 

"Grande fragilidade é a questão das indicações de componentes do sangue e isso precisa ser superada. É uma atuação a longo prazo e é importante a atuação da Fundação nesse sentido, com atividades de qualificação", observou Ana Carolina.

 

Neidson quis saber ainda sobre as coletas de sangue nos municípios. "Temos ainda centros fixos presentes em poucos municípios. A coleta externa é muito bem-vinda e não podemos perder sangue, que é sempre muito bem-vindo", completou Ana Gonzaga.

 

Adailton Furia questionou sobre a venda do sangue, coletado gratuitamente, para ser utilizado por pacientes em unidades particulares. "Como a senhora enxerga o fato de um doador de sangue, ao ser atendido na rede privada e necessitar de sangue, precisar pagar por ele?"

 

Ana Gonzaga reconheceu que é preciso avançar na legislação, para fazer as devidas adequações. "Mas, não podemos deixar ninguém sem assistência, embora, na rede privada, esse sangue e derivado utilizado precise ser ressarcido", observou.

 

Adelino Follador lembrou que essa foi uma discussão intensa na Assembleia Legislativa, há alguns anos. "Acho que essa medida, até certo ponto, gera uma certa frustração em quem doa sangue. Realmente, precisa ser revista essa cobrança, fazendo ajustes".

 

Follador disse ainda que, mesmo sendo um órgão importante, o orçamento da Fhemeron tem decaído a cada ano. "Realmente, temos a informação de dificuldades orçamentárias e financeiras, mas posso atestar que a Fhemeron realiza um trabalho de excelência, sendo uma referência aqui na região Norte, inclusive", completou Ana Carolina.

 

Rosângela Donadon manifestou preocupação com a ausência de centros transfusionais e de hemocentros em vários municípios.

 

Anderson Pereira elogiou os currículos dos indicados, questionou se Ana Carolina é indicação de algum deputado e quis saber como ela pretende atrair mais doadores para a Fhemeron.

 

"Não sou indicação de nenhum deputado. E para dar maior visibilidade, temos que chamar os parceiros e ampliar a divulgação da importância da doação e o envolvimento da sociedade, inclusive aqui da Assembleia Legislativa, que pode somar conosco nessa empreitada", observou Ana Carolina.

 

Cassia Muleta aproveitou para informar que, por iniciativa dela, quer criar o "Junho Vermelho", para estimular a doação de sangue. "O dia 14 de junho é o dia mundial da doação de sangue e a intenção com o projeto de minha autoria, que tramita nesta Casa, é promover a conscientização para a doação de sangue", disse a deputada.

 

"Em relação ao projeto de Junho Vermelho, acho uma bela iniciativa e em outros Estados essa campanha já existe. É importante que as doações ocorram o ano inteiro, que existam doações seguidas", observou Carolina.

 

Cabo Jhony quis saber como enfrentar a demanda reprimida e quais os recursos disponíveis para realizar campanhas. "Hoje, nossa estrutura em Porto Velho comporta uma média de atendimento de 50 doadores. Mas, podemos chegar até a 100 ou 120 doadores ao dia, em ações excepcionais. Para atender à demanda, devemos ter uma média de coleta de 65 doadores", explicou Ana Carolina.

 

Jhony disse que acompanha a campanha Pedalando Pela Vida, que enfrenta dificuldades para a sua realização, com a meta de recolher 500 bolsas de sangue. "Os brindes, estamos impedidos por lei de distribuir. Então, nessa campanha, que distribui camisetas, precisamos ter um certo cuidado", acrescentou Ana Carolina.

 

Cirone Deiró quis saber qual o critério para definir as escolhas dos diretores das unidades da Fhemeron no interior e qual a ação para estimular a doação. "Damos preferência a quem está no trabalho, onde está dando certo. São servidores que já atuam na Fhemeron que nós pretendemos manter nesses postos. A gente quer também modernizar as nossas ferramentas de contato com os doadores e de atrair novos doadores, estamos um passo atrás no uso da tecnologia nesse sentido e é preciso avançar nessa área", completou a indicada.

 

 

Agevisa

 

Por fim, a Comissão de Saúde ouviu Ana Flora Camargo Gerhardt, indicada para comandar a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), sendo definido como relator o deputado Luizinho Goebel.

 

Goebel destacou os 36 anos de trabalho de Ana Flora na saúde em Rondônia. "Quero registrar que estamos cumprindo nosso papel constitucional e destacar a larga folha de serviços prestados para o Estado da Ana Flora", completou.

 

Dr. Neidson quis saber a finalidade principal da Agevisa e o trabalho em relação às unidades hospitalares. "É um órgão preventivo à saúde da população. Em relação aos hospitais, temos um núcleo de atenção aos pacientes, para atuar também junto ao trabalhador da saúde, evitando riscos a todos", respondeu Ana Flora.

 

Adailton Furia disse que o pronto socorro João Paulo II tem uma situação precária, apesar dos recentes avanços. "Como a Agevisa enxerga essa dura realidade do João Paulo II? Tem algum plano para a vigilância sanitária atuar com mais presença no ponto socorro?".

 

A indicada pontuou que "temos confiança de que os avanços terão continuidade, embora ainda esteja uma situação preocupante, tanto para pacientes quanto para os servidores. É um prédio antigo, que não comporta mais o volume da demanda".

 

Furia ponderou que, "se a cobrança que é feita nas unidades privadas de saúde, fosse feita no João Paulo II, por suas condições, a unidade teria sido interditada já há muito tempo".

 

Neidson quis saber sobre a situação dos servidores da Agevisa, se são suficientes com a demanda. "Não temos um número suficiente, e há uma proposta de mudança administrativa. Os servidores são oriundos da Secretaria de Saúde (Sesau) e temos necessidades de um Plano de Cargos, Carreira e Salários", completou Flora.

 

Cassia Muleta também desejou sucesso para que ela, em sendo aprovada a sua indicação, possa atuar com responsabilidade, em sua missão de conduzir a Agevisa.

 

Rosângela Donadon disse não ter dúvidas da capacidade da indicada para a Agevisa. A deputada questionou como seria o trabalho de aproximação com o Departamento do Beni, na Bolívia, na questão do controle epidemiológico.

 

"Temos em Guajará-Mirim o Laboratório de Fronteira e o pacto será acordado em breve, sendo uma das propostas de controle em andamento", explicou Flora.

 

O deputado Alex Redano (PRB) também manifestou apoio ao nome de Ana Flora para conduzir a Agevisa, fazendo questão de registrar seu voto favorável.

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