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Pecuaristas alegam não ter opção na hora da venda em Mato Grosso

Publicado em: 07/09/2012 - 12:00
Pecuaristas alegam não ter opção na hora da venda em Mato Grosso

 

Concentração de indústrias frigoríficas na região é apontada como vilã para os criadores de gado no Estado

por Viviane Taguchi, de Pontes e Lacerda (MT)

A presença de apenas três frigoríficos na região faz com que criadores se tornem "reféns" dos preços

A concentração das indústrias de carnes na região de Pontes e Lacerda, cidade localizada no Vale do Guaporé, em Mato Grosso, é o que mais incomoda os pecuaristas locais. Segundo eles, com apenas três frigoríficosJBS/Friboi, Marfrig e BRF Brasil Foods – as opções de negociações ficam reduzidas e eles, “reféns” dos preços. “O estado de Mato Grosso precisa de frigoríficos. Não temos pra quem vender a não ser para estes três de sempre. E eles ditam os preços”, reclama o pecuarista Márcio Braga. “Sim, me sinto como um refém”, diz.

Segundo o criador, que mantém um rebanho de 15 mil cabeças e abate 5 mil animais por ano, tão cedo a situação não deve mudar nesta região. “A JBS comprou a planta do Frigoalta, que está parada. A mesma JBS comprou a planta do Frigorífico Independência, que também está parada. Sua abertura já foi adiada por várias vezes, não há previsão”, afirma. Braga acredita que esta seja uma estratégia da empresa para evitar uma maior demanda por bois. “Se a demanda sobe, a oferta diminui e o preço da arroba aumenta. Eles não querem isso”, diz.

Sem opções de negociações, alguns pecuaristas optaram por parcerias, oferecendo bois com exclusividade para uma destas companhias, como foi o caso do Confinamento Nova Vida, de Comodoro (MT), que há dois anos é parceiro da BRF Brasil Foods, com plantas em Mirassol D’Oeste e Várzea Grande. Segundo Cleonice de Moraes Ribeiro, diretora financeira do Nova Vida, a parceria gira em torno do confinamento. “Os bezerros chegam com peso em torno de 250 quilos e saem com 580 quilos, em um prazo aproximado de 120 dias. Segue-se a recomendação da BRF (responsável pela alimentação do rebanho) e a venda é garantida”, diz ela.

Neste tipo de parceria, a empresa paga uma diária ao confinador, algo em torno de R$ 0,85 a R$ 1 na região. O contrato de parceria da Nova Vida com a BRF vence em 2015 e, segundo Cleonice, tende a ser renovado.

Na Agropecuária Masuti, de Sapezal (MT), os 50 mil bois que giram nos piquetes de confinamento por ano também vão para a BRF. De acordo com KelenLazarete, gestora do empreendimento, o primeiro contrato foi feito no ano passado – com 30 mil animais de um confinamento – e estendeu-se neste ano para 50 mil com mais um confinamento do grupo. “Mas a tendência é que não renovar no ano que vem este segundo confinamento. Vamos tocar um por conta própria e manter a parceria no outro, maior”, diz ela, alegando que realmente é difícil manter e arriscado manter um rebanho grande em Mato Grosso sem depender das indústrias.

Rally

A equipe de Globo Rural On-line está percorrendo os estados de Mato Grosso e Rondônia a convite do Rally da Pecuária, evento anual organizado pela Agroconsult e a Bigma Consultoria. Desde o dia 22 de agosto, equipes de técnicos estão visitando os principais trechos de produção pecuária no Brasil e o trabalho se estende até meados de outubro. 

 

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