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Trump tenta desorientar Biden em debate caótico e ácido

Publicado em: 30/09/2020 - 12:00
Trump tenta desorientar Biden em debate caótico e ácido

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tentou desorientar o seu adversário nas eleições de 3 de novembro, o candidato democrata Joe Biden, com interrupções constantes num debate caótico e ácido, o que reforçou a incerteza sobre o que irá acontecer no dia seguinte às eleições.

Trump e Biden tiveram esta terça-feira o primeiro de três debates previstos até às eleições. O evento aconteceu em Cleveland, no estado de Ohio, considerado um dos mais decisivos na corrida à Casa Branca. Lá, os dois debateram por mais de 90 minutos seguidos algumas das questões que mais preocupam os eleitores, mas todas as tentativas de aprofundar essas questões foram frustradas por interrupções ou ataques pessoais.

"É difícil conseguir pronunciar uma só palavra com este palhaço", afirmou Biden durante o debate, embora mais tarde ele mesmo se tenha corrigido: "desculpem-me, esta pessoa".

MUITOS ATAQUES, POUCO CONTEÚDO

Na verdade, Trump não parou de interromper o seu adversário durante todo o debate, a ponto de o moderador, o jornalista Chris Wallace, da "Fox News", ter que lembrar ao presidente americano pelo menos duas vezes que a sua campanha se comprometeu a respeitar o tempo dado a cada candidato para responder às perguntas.

Biden criticou Trump por "tagarelar" enquanto ele falava e, a certa altura, disparou um "pode calar a boca?", mas conseguiu completar vários dos argumentos que tinha preparado e tentou dirigir-se diretamente aos eleitores americanos, olhando fixamente para a câmara e evitando olhar para Trump na maior parte do tempo.

"Sob este presidente, ficamos mais fracos, mais pobres, mais doentes, mais vulneráveis e mais divididos", disse o ex-vice-presidente dos Estados Unidos nos mandatos de Barack Obama (2009-2017).

Trump acusou Biden de ser "socialista" e "controlado" pela ala esquerda do seu partido logo no início do debate, o que levou a disputa ao nível pessoal.

O presidente também repetiu a sua acusação -não fundamentada- de que Hunter, filho do seu adversário, cometeu "corrupção" ao trabalhar para uma companhia de gás na Ucrânia enquanto o seu pai era vice-presidente.

E Biden fez ainda mais insultos do que recebeu, chamando o presidente de "mentiroso", "racista" e "ignorante".

"Saia do seu bunker (na Casa Branca) e do seu banco de areia do campo de golfe, e faça o que precisa ser feito para salvar vidas (da pandemia).

INCERTEZA ELEITORAL

O presidente dos EUA estava mais preocupado em reagir ao que Biden estava a dizer do que em tentar enviar mensagens claras aos eleitores, e enfatizou os seus slogans favoritos de campanha: a sua defesa da lei e da ordem e as acusações conspiratórias de que as eleições de novembro podem ser "manipuladas" em favor do candidato democrata.

"É uma fraude, e é uma pena", disse Trump, enfatizando o argumento de que o voto por correio favorece a fraude eleitoral, algo que vários estudos têm demonstrado não ser verdadeiro.

Trump disse que, devido aos atrasos causados pela pandemia da COVID-19 e pelo aumento do número de votantes pelo correio, o resultado da eleição poderá levar "meses" a ser conhecido, mas recusou-se a responder com um "sim" à questão sobre se ele se comprometeria a apaziguar os seus próprios eleitores caso o vencedor não seja conhecido a 3 de novembro.

"O que apelo aos meus apoiantes é a ir às urnas e observar tudo com muito cuidado, porque é isso que eles têm que fazer", disse.

Já Biden respondeu diretamente "sim" à questão sobre se pedirá calma até que o vencedor da eleição fosse conhecido, e disse que o seu adversário "está simplesmente com medo de contar os votos".

Trump enfatizou assim a sua sugestão recorrente de que poderá não aceitar o resultado da eleição se não for declarado vencedor, e repetia a sua expectativa de que a questão acabará no Supremo Tribunal, cuja maioria republicana poderá ser reforçada se o Senado aprovar uma nova juíza indicada pelo próprio presidente antes da eleição.

RACISMO E QUESTÃO AMAZÓNICA

O presidente americano também se recusou a responder diretamente à pergunta sobre se estava disposto a condenar as ações de supremacistas brancos e as suas milícias no país, afirmando que "quase tudo" o que vê (de distúrbios) "vem da esquerda".

O candidato democrata alegou que Trump está "constantemente a atirar gasolina no fogo" e a evitar qualquer crítica clara a esses grupos porque é do seu interesse "criar um ódio racista, uma divisão racial" no país.

O que Trump esclareceu é que acredita que a atividade humana contribui "até certo ponto" para as alterações climáticas, enquanto o seu concorrente prometeu que, se vencer, recolocará os EUA no acordo climático de Paris e ameaçará o Brasil com "consequências económicas significativas" se o país não parar de "mutilar a floresta tropical amazónica".

"O PIOR DEBATE DA HISTÓRIA"

A noite turbulenta em Cleveland deixou um sabor amargo na boca de muitos eleitores e comentadores políticos, que lamentaram a falta de um debate rico em conteúdo sobre as questões que interessam aos americanos.

"Este será considerado o pior debate presidencial da história, e põe em questão a viabilidade dos próximos dois debates", disse o diretor de debates da Universidade do Michigan, Aaron Kall.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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