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Projeto Magalhães, criatividade para crescer em ambos lados da Raia

Publicado em: 11/02/2021 - 12:00
Projeto Magalhães, criatividade para crescer em ambos lados da Raia

A música, o design e os videojogos são algumas das disciplinas criativas que Algarve e Alentejo promovem junto da espanhola Andaluzia através do projeto Magalhães ICC, um novo caminho para a revitalização industrial nestas zonas.

Inspirado na experiência de Fernão de Magalhães e a primeira circunavegação ao mundo, este projeto é integrado por onze parceiros -desde municípios a universidades- que trabalham para tornar a inovação e desenvolvimento em motor económico.

Para o conseguir estão a ser desenvolvidos três centros Magalhães que vão permitir incentivar o empreendedorismo, alimentar as ligações transfronteiriças e tornar-se num aliciante para fixar a população, com um orçamento de 27 milhões de euros, 20 dos quais procedem de fundos europeus como parte do programa de Cooperação Interreg Espanha-Portugal (POCTEP) da União Europeia.

UM POTENTE AGENTE SOCIAL

"O projeto Magalhães quer promover as indústrias criativas nos âmbitos do desenvolvimento, formação, promoção e criação de novos profissionais e indústrias", explica à Efe Francisco Javier Huesa, chefe de Serviço de Sustentabilidade e Inovação Urbana na gestão de Urbanismo da Câmara de Sevilha.

"O projeto vai melhorar o tecido social das três regiões", continua.

Para assegurar a cooperação entre Algarve, Alentejo e Andaluzia, o plano inclui criar uma plataforma para integrar uma rede comum "para que as atividades de um centro possam ser aproveitadas pelos criadores de outros e haja um intercâmbio de conhecimentos e de pessoas", aponta Huesa.

Além disso, "os programas de mobilidade entre criativos das três regiões vão contribuir ao fluxo de pessoas, ideias, visões e experiências, algo fundamental para gerar ideias inovadoras e competitivas", ressalta Leonel Alegre, investigador e coordenador do projeto Magalhães na universidade de Évora, um dos parceiros portugueses da iniciativa.

O Alentejo, continua Alegre, é uma zona com uma clara tendência de perda de população e envelhecimento, e as indústrias culturais podem ajudar a reverter esta situação.

"A região incluiu as indústrias culturais e criativas dentro do plano 2020-2030 como um dos eixos de ação chave na estratégia de desenvolvimento, já que estas indústrias contribuem à renovação do tecido social", aponta.

CENTROS MAGALHÃES DE AMBOS LADOS DA FRONTEIRA

"O maior valor deste projeto é a transnacionalidade", destaca Javier Huesa. Cada uma das três regiões vai contar com o seu próprio centro Magalhães, um eixo de "coesão" que "significa que a famosa Raia deixa de existir", ressalta o arquiteto espanhol em referência à fronteira luso-espanhola.

Huesa encontra-se imerso nas obras de remodelação da Real Fábrica de Artilharia de Sevilha, o centro de referência do programa na capital andaluza.

O local tem mais de 8.000 metros quadrados que irão albergar uma sala polivalente, o Fórum Magalhães -a sala de exposições-, espaços de coworking, estúdios de gravação, escritórios e pátios.

No Alentejo, a Universidade de Évora criou um laboratório criativo chamado _ARTERIA_LAB, "um espaço dedicado a investigar a interseção das artes e da tecnologia" localizado no Colégio dos Leões da universidade, de acordo com Leonel Alegre.

O _ARTERIA_LAB tem um estudo multimédia, um laboratório de música eletrónica e outro de gravação de som, além de áreas para conferências, exposições, espetáculos e espaços de coworking equipados com as últimas tecnologias.

Esta incubadora de empresas fica no Convento de São Bento de Castreis e é gerida pela Direção-Geral de Cultura do Alentejo.

No Algarve, sob a Cooperativa para o Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade (QRER), avança a Incubadora Criativa nos municípios de Loulé e Alcoutim.

Tal como os seus centros irmãos, o centro Magalhães do Algarve quer estimular o empreendedorismo de negócios de inovação cultural e criativa.

VOCAÇÃO DE PERMANÊNCIA

"Estes centros pretendem ser espaços de referência na Europa, como o Centquatre em Paris, Tabacalera em San Sebastián e La Alhóndiga em Bilbau", resume Huesa, que aponta para a vocação de permanência destas instalações que vão ligar a indústria cultural do Algarve, Alentejo e Andaluzia.

O Projeto Magalhães ICC tem uma duração de três anos, e prevê-se que esteja completamente finalizado ao início de 2022, quando os três centros Magalhães e as atividades dos parceiros estiverem preparadas.

Uma iniciativa para promover a criatividade nas três regiões que querem colocar-se no topo da inovação e valorizar o seu património cultural.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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