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Portugal quer estratégia de vacinação na UE o mais coordenada possível

Publicado em: 08/01/2021 - 12:00
Portugal quer estratégia de vacinação na UE o mais coordenada possível

A ministra da saúde portuguesa, Marta Temido, assinalou esta sexta-feira que a União Europeia (UE) deve manter os seus esforços na negociação da compra de vacinas e financiamento conjunto para continuar a lutar contra a pandemia de coronavírus, considerando este "o caminho a seguir".

"Aprendemos que trabalharmos juntos é o melhor caminho para nos guiarmos como grupo", explicou a ministra numa conferência de imprensa com os correspondentes em Bruxelas no âmbito do início da presidência portuguesa do Conselho.

Temido respondeu assim a perguntas sobre as 30 milhões de doses adicionais da vacina que a Alemanha acordou com a Pfizer e BioNTech de forma bilateral, apesar dos Estados membros se terem comprometido a não negociar com os fabricantes desta forma em paralelo à Comissão Europeia.

"Alguns países compraram vacinas por sua parte, estas compras foram feitas depois das negociações conjuntas ao nível europeu. Vamos continuar a unir esforços e, sob a nossa presidência, queremos exercitar esforços de coordenação", disse Temido, sem mencionar expressamente a Alemanha.

A ministra da Saúde incidiu que um dos objetivos da presidência portuguesa será "assegurar que nenhum país sofra pelas compras (bilaterais) feitas por outros países" e ressaltou que "respeitar as regras sobre transparência" na compra das vacinas "é o caminho a seguir".

Por outro lado, declinou pronunciar-se sobre se os países da UE devem ou não tornar a vacinação contra a covid-19 obrigatória e acrescentou que este assunto "ainda não está na mesa" porque os países não contam com doses suficientes para pensar mais além dos grupos vulneráveis.

"Os erros na produção e particularmente na administração da vacina em cada país são também aspetos fundamentais. Na presidência assumimos que o que temos que fazer é assegurar a coordenação do processo completo, respeitando os poderes e autonomia de cada Estado membro", concluiu a ministra.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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