Exército de Myanmar apresenta acusações contra Aung San Suu Kyi

O Exército de Myanmar, que na segunda-feira realizou um golpe de Estado, apresentou esta quarta-feira acusações contra a líder de facto do país e prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, por violar uma lei de importação e exportação, e contra o deposto presidente do país, Win Myint, por violar as normas contra a covid-19.

Segundo os relatórios policiais aos quais a Efe teve acesso, os militares acusam Suu Kyi, em prisão domiciliar desde segunda, por terem encontrado em sua casa um aparelho de rastreamento telefónico cujo uso só é permitido ao Governo ou Exército, o que lhe pode trazer até três anos de prisão.

A polícia ainda moveu acusações contra o também deposto presidente, Win Myint, que é acusado de infringir a lei de gestão de desastres naturais, incluindo a pandemia, por ter deslocado 220 veículos para visitar algumas áreas com a sua esposa quando a presença da covid-19 proibia a reunião de mais de 30 pessoas.

Kyi Toe, membro do comité central de comunicações da Liga Nacional para a Democracia (LND), confirmou no Facebook as acusações contra o presidente deposto e a conselheira de Estado.

Enquanto Win Myint foi interrogado numa instalação militar de Yangon, não está claro se Suu Kyi ainda está na sua residência oficial, em Naipidau, sob prisão domiciliar ou se também foi transferida para o interrogatório.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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