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EUA colocam novamente Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo

Publicado em: 12/01/2021 - 12:00
EUA colocam novamente Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo

O Governo dos Estados Unidos, ainda sob a presidência de Donald Trump, voltou a colocar Cuba na sua lista de patrocinadores do terrorismo, da qual tinha saído em 2015 durante o segundo mandato de Barack Obama durante o processo de "degelo" na relação bilateral.

Nove dias antes de Trump deixar a Casa Branca, o secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou uma decisão que pode complicar as hipóteses de o presidente eleito, Joe Biden, retomar rapidamente a aproximação com Havana.

"Com esta ação, vamos mais uma vez responsabilizar o Governo cubano e enviar uma mensagem clara: o regime dos Castro deve acabar com o seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana", disse Pompeo em comunicado.

O chefe da diplomacia americana justificou o regresso do país caribenho à lista "por apoiar repetidamente atos de terrorismo internacional, fornecendo abrigo seguro aos terroristas".

Pompeo defendeu que "o Governo Trump se concentrou desde o início em negar ao regime castrista os recursos que utiliza para oprimir o seu povo em casa e em combater a sua interferência maligna na Venezuela e no resto do Hemisfério Ocidental".

O secretário de Estado americano acusou o Governo cubano de ter "alimentado, alojado e fornecido assistência médica a assassinos, fabricantes de bombas e sequestradores, enquanto muitos cubanos estão famintos, sem teto e sem medicamentos básicos".

Especificamente, Pompeo citou a recusa de Havana em extraditar 10 líderes da guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN) que viajaram a Cuba para participarem em negociações com o Governo da Colômbia e procurados pela Justiça do país sul-americano porque a organização reivindicou a responsabilidade por um ataque a uma escola de polícia em Bogotá, que causou 22 mortes e deixou mais de 87 feridos.

"Cuba é também o lar de vários fugitivos americanos procurados pela justiça ou condenados sob acusações de violência política", acrescentou o secretário de Estado, ressaltando que o país caribenho voltou à lista "após ter quebrado o seu compromisso de deixar de apoiar o terrorismo".

Também acusou Cuba de ter se envolvido "numa série de comportamentos maliciosos em toda a região", observando que o seu aparato de inteligência e segurança "se infiltrou nas forças militares e de segurança da Venezuela" e ajudou o presidente do país sul-americano, Nicolás Maduro, "a manter o seu domínio sobre o seu povo", além de apoiar dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se transformaram em partido político e deixaram oficialmente as atividades de guerrilha) e do ELN.

A inclusão de um país na lista negra do terrorismo implica obstáculos ao comércio e mais sanções, mas todas essas restrições já pesam sobre Cuba devido ao embargo comercial e financeiro americano.

Desta forma, a medida visa sancionar "pessoas e países que se envolvem em algum tipo de comércio com Cuba, restringir a ajuda externa dos EUA, proibir as exportações e vendas de defesa e impor certos controlos às exportações de produtos de dupla utilização" num momento de profunda crise económica para os cubanos.

Após a sua chegada ao poder, Trump colocou entraves ao processo de normalização das relações com a ilha, iniciado em 2014 por Obama, de quem Biden era vice-presidente.

Em 30 de novembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, denunciou uma suposta "manobra" dos EUA para devolver Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo, o que alegou que tinha o objetivo de "agradar à minoria anticubana na Flórida".

Em maio do ano passado, os EUA deram um passo nessa direção com a inclusão de Cuba na sua lista de países que "não cooperam plenamente" com os esforços antiterroristas, que também conta com Venezuela, Irão, Coreia do Norte e Síria.

O Governo cubano respondeu na altura que o seu país é "vítima" de terrorismo com cumplicidade dos EUA, em referência aos vários ataques (desde sequestro de aeronaves até planos de assassinato de líderes) atribuídos a grupos anticastristas nas últimas seis décadas, principalmente durante a Guerra Fria.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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