Espanha vai cobrar imposto sobre transações financeiras e atividade de empresas tecnológicas

Os novos impostos que serão cobrados sobre transações financeiras e atividades de grandes empresas de tecnologia em Espanha vão entrar em vigor no dia 16 de janeiro e, embora os especialistas duvidem que o Governo consiga arrecadar a quantia esperada, também descartam que seja uma medida prejudicial para a economia do país.

Esses impostos, propostos inicialmente em 2018, entrarão em vigor três meses após terem sido aprovados, com o objetivo de chegar a um plano de tributação "do século XXI", segundo a ministra das Finanças, María Jesús Montero.

O imposto sobre serviços digitais vai cobrar o equivalente a 3% da receita que as empresas de tecnologia com um volume de negócios superior a 750 milhões de euros em âmbito internacional ou mais de 3 milhões de euros em escala nacional obtêm através de publicidade e intermediação online e da venda de dados obtidos a partir de informações fornecidas pelo utilizador.

Já o imposto sobre transações financeiras vai cobrar 0,2% sobre a compra e venda de ações de empresas espanholas com uma capitalização em bolsa superior a 1.000 milhões de euros em 16 de dezembro de 2020. Ao todo, 57 companhias enquadram-se nesta categoria, entre elas a Inditex, Iberdrola, Banco Santander, BBVA, Amadeus, Cellnex, Endesa, AENA, Siemens, Naturgy e Telefónica.

O Governo espanhol espera arrecadar 968 milhões de euros já neste ano com o imposto sobre alguns serviços digitais e 850 milhões de euros com as taxas cobradas sobre as transações financeiras.

No entanto, o diretor do centro de investigações especializado Funcas, Raymond Torres, não acredita que esses montantes poderão ser alcançados devido à crise económica causada pela covid-19 e também ao fato de que os impostos precisarão de algum tempo para consolidar a sua capacidade de arrecadação.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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