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Por que a Unicamp tomou da USP o 1º lugar em ranking de melhores universidades da América Latina

Publicado em: 21/07/2017 - 12:00
Por que a Unicamp tomou da USP o 1º lugar em ranking de melhores universidades da América Latina

 

No último ano, pesquisas da Unicamp foram mais citadas internacionalmente e instituição teve mais renda de parcerias com indústrias (Foto: Perri/ Unicamp)

 

 

 

 

 

 

A Universidade de Campinas (Unicamp) ultrapassou a Universidade de São Paulo (USP) e agora está no topo do ranking de melhores universidades da América Latina da revista britânica Times Higher Education (THE), uma das principais publicações dedicadas ao ensino superior no mundo.

A instituição, que aparecia em segundo lugar no ranking do ano passado, conseguiu, ao longo do último ano, melhores resultados do que a USP em dois dos principais critérios para a avaliação – a influência e a colaboração com o mercado.

Além destes dois critérios, são avaliados ainda ensino, pesquisa e perfil internacional.

"A USP lidera na qualidade de seu ambiente de pesquisa, mas Campinas a supera em quantidade de citações em outros trabalhos internacionais e em transferência de conhecimento para a indústria", disse Phil Baty, editor do ranking.

"Uma delas é a maior e mais estabelecida das duas instituições, e a outra é menor e mais conhecida como especializada em pesquisa médica e científica. Essas duas qualidades diferentes representam tanto a diversidade quanto a excelência do setor de ensino superior no Brasil."

Além da Unicamp, a USP, a Unifesp, a UFRJ e a Puc-Rio estão entre as 10 primeiras da lista, juntamente com duas universidades chilenas, duas mexicanas e uma colombiana. No total, 32 instituições brasileiras aparecem no ranking, que tem, ao todo, 81 universidades de oito países.

O país que mais ameaça a liderança brasileira é o Chile, que tem 15 universidades entre as 50 melhores do ranking – 11 a mais que em 2016.

Fuga de cérebros

Apesar de ainda ser o país latino-americano com mais representantes no ranking, o Brasil perdeu espaço na lista, segundo Baty. Atualmente, só 18 universidades brasileiras estão entre as 50 melhores – em 2016, eram 23.

"De um modo geral, 20 universidades brasileiras caíram de suas posições. Muitas delas melhoraram seu resultado geral, mas perderam terreno por causa do aumento da competição e de melhorias rápidas em outros países."

"O Brasil gasta mais em pesquisa e desenvolvimento do que outros países na região, mas seu investimento é baixo para os padrões mundiais. Apesar dos níveis de produtividade de pesquisa serem muito altos, a proporção que o país gasta especificamente em ensino superior é mais baixa do que a de Argentina, Chile, Colômbia, México e Uruguai. Os salários dos pesquisadores também são muito baixos para os padrões mundiais e estão entre os menores na região", afirma.

A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que desde 2015 enfrenta uma de suas piores crises financeiras, caiu quatro posições no ranking da THE entre 2016 e 2017, e agora aparece em 24º lugar.

A Federal do Rio, que ocupava a 5ª posição no ano passado, caiu para a 8ª, ficando atrás de instituições da Colômbia e do México, que subiram, e da Federal de São Paulo (Unifesp), que entrou na lista pela primeira fez.

Nos últimos anos, a queda do investimento do governo federal em pesquisa científica foi alvo de protestos por parte de pesquisadores, causou a paralisação de grandes projetos e estimulou a ida de profissionais para outros países.

De acordo com o levantamento, a fuga de cérebros é um problema em toda a região, alimentado, segundo Baty, por "baixos salários, pouco investimento em ciência, excesso de burocracia e políticas de pesquisa pouco definidas".

Reputação

O ranking da revista Times Higher Education compara universidades nas suas principais missões: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional. O peso de cada item, no entanto, é diferente para a América Latina do que para outras regiões, para "refletir as características de universidades de economias emergentes".

Não participam do ranking universidades que não possuem cursos de graduação, que não tiverem publicado pelo menos 200 trabalhos de pesquisa entre 2011 e 2015 ou se 80% ou mais de sua atividade se concentrar em apenas uma das missões consideradas pelo levantamento.

O ranking latino-americano foi publicado pela primeira vez em 2016 e os rankings mundiais começaram a ser divulgados anualmente em 2010.

No atual ranking mundial, as universidades brasileiras começam a aparecer apenas após a posição 251.

 

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