Ariquemes / RO - segunda-feira, 20 de maio de 2024
(69) 99929-2272

5G. Deutsche Telekom defende que nenhum fabricante de tecnologias deve ser banido

Publicado em: 13/08/2020 - 12:00
5G. Deutsche Telekom defende que nenhum fabricante de tecnologias deve ser banido

Os três maiores operadores portugueses usam tecnologias Huawei, mas têm perspetivas diferentes quanto aos produtos da marca chinesa. Em outubro, a Comissão Europeia deverá assumir uma posição. Diretor executivo do grupo Altice considera que a Huawei é a marca mais evoluída

Ooperador de telecomunicações histórico da Alemanha assumiu-se esta quinta feira contra as potenciais interdições de fornecedores de equipamentos de telecomunicações nas redes móveis de quinta geração que estão a ser instaladas na UE. Vários estados-membros já começaram a bloquear ou a restringir os denominados fornecedores de alto risco, com especial enfoque para as marcas chinesas como a Huawei, mas a Deutsche Telekom considera que nenhum fornecedor de tecnologias deve ser interditado no mercado alemão. Em Portugal, nenhuma marca foi interditada.

A posição oficial da operadora alemã foi assumida oficialmente pela voz do diretor executivo Tim Hoettges – e terá em vista marcar uma posição face às autoridades alemãs, que se encontram na reta final da elaboração de medidas de segurança que poderão levar à interdição da Huawei, entre outros fornecedores que sejam considerados de alto risco.

Segundo a Reuters, a Huawei é hoje a principal fornecedora de equipamentos de telecomunicações da Deutsche Telekom, na área que a gíria do setor denomina de “rádio” (as antenas e estações base, que geralmente se encontram em postes e telhados). Na posição divulgada pela agência noticiosa, o gestor refere que a operadora alemã, apesar de ter a Huawei como principal fornecedora, não está dependente de uma só marca.

A Huawei tem vindo a sofrer bloqueios ou restrições em diferentes geografias na sequência da interdição aplicada pelas autoridades americanas. A interdição da Huawei, que se segue a uma outra que afetou a também chinesa ZTE, começou por dar enfoque às redes 5G, mas depressa se expandiu a todos os produtos e equipamentos que a gigante tecnológica fornece para os EUA. A interdição americana tem por base a convicção das autoridades de que a Huawei partilha informação dos utilizadores das redes ocidentais com os serviços secretos chineses.

No final de 2019, as potenciais interdições começaram a ganhar forma também na UE. A Comissão Europeia começou por solicitar aos 27 estados-membros relatórios e tomadas de posição sobre fornecedores de alto risco. Já em 2020, foram publicadas linhas de orientação sobre a forma como cada estado-membro deveria analisar os diferentes fornecedores de equipamentos e ficou agendado para abril o prazo limite de tomadas de posição dos vários governos.

Nem todos os estados-membros cumpriram à risca este prazo: a Alemanha, confrontada com potenciais retaliações económicas chinesas, aparenta estar dividida quanto ao tema e ainda não tomou uma posição.

Em Portugal, o Governo entregou um relatório sobre a matéria em abril e confirmou que não pretendia bloquear qualquer fabricante da área de telecomunicações, exceto nos casos em que, mediante auditorias, se confirme um qualquer risco de segurança para a população, empresas ou estado português.

Em contrapartida, em França já começaram a ser trabalhadas restrições e há notícias que confirmam que os operadores que recorrerem à Huawei terão de solicitar autorizações de três a oito anos – mas oficiosamente, segundo a imprensa gaulesa, o executivo já terá aconselhado as empresas de telecomunicações a procurarem alternativas à marca chinesa.

Esta posição do governo chinês acaba por contrastar com a posição de Patrick Drahi, líder do grupo Altice. Citado pela Reuters, o empresário israelita veio a terreiro destacar as tecnologias da Huawei como as mais evoluídas do mercado. Drahi também considerou que o processo era do foro político e, como tal, poderia ainda vir a registar alterações nos próximos tempos.

O facto de a Comissão Europeia já ter alertado para a necessidade de os estados membros passarem a ter cautelas com os fornecedores de alto risco e de se esperar que, em outubro, seja tomada uma posição de partida comum aos diferentes estados membros, também poderão ter contribuído para a tomada de posição de Drahi.

Apesar de limitada no que toca à compra de tecnologias da Huawei para os operadores franceses, a Altice conta com uma presença forte da marca chinesa nas redes que tem em Portugal. Alexandre Fonseca, diretor executivo da Altice Portugal, sublinhou por mais de uma vez que as tecnologias da Huawei apenas estavam presentes na área de “rádio” que a operadora tem em Portugal.

Ao que o Expresso apurou, a Altice Portugal está em vias de migrar toda a área de rádio para equipamentos da Huawei, mas a operadora sempre negou usar tecnologias da gigante chinesa na denominada área de “core”, que envolve os servidores e equipamentos que encaminham os dados das diferentes antenas e estações base.

A Vodafone Portugal não tem equipamentos de “rádio” da Huawei, mas até há pouco tempo tinha equipamentos desta marca no “core” e, ao que consta, já começou a trabalhar para os substituir. A NOS usa equipamentos da Huawei no rádio, mas desconhece-se qual a posição que vai assumir sobre a matéria.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
Site de notícias em Ariquemes, aqui você encontra as últimas notícias de nossa cidade e ainda Porto Velho, Alto Paraíso, Buritis, Cacaulândia, Monte Negro, Rio Crespo, Cujubim, Machadinho do Oeste, Campo Novo de Rondônia, Vale do Jamari e demais municípios de Rondônia. Destaque para seção de empregos e estágios, utilidade pública, publicidade legal e ainda Eleições 2024, Web Rádio, Saúde, Amazônia. Ariquemes Online, desde 2007 informação sem fronteira, anuncie conosco e tenha certeza de bons negócios.

Siga o Ariquemes Online Nas Redes Sociais

Desenvolvido por Argo Soluções

::: PUBLICIDADE - ARIQUEMES ONLINE 2024 :::