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Primo de Joaquim Barbosa quer estátua para o ministro

Publicado em: 25/09/2012 - 12:00
Primo de Joaquim Barbosa quer estátua para o ministro

 O desempenho do relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, tem impulsionado a candidatura de um postulante a vereador na pequena Paracatu, cidade do interior de Minas Gerais, onde o ministro nasceu. Jurandir Dario Gouveia Damasceno, conhecido como Dario Alegria, é primo de primeiro grau de Barbosa e usa o parentesco para angariar apoio a sua eleição.

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Ele conta que, caso seja eleito, vai apresentar uma proposta na Câmara de Vereadores para a instalação de uma estátua na praça central da cidade em homenagem a Joaquim Barbosa. "Ele é um orgulho não só para a nossa cidade, mas para o Brasil pela retidão, pela ética e pelo trabalho exemplar. Ele mostra que nós negros podemos conquistar todos os espaços que queremos", afirmou, em entrevista ao Terra, ao elogiar a atuação do relator do mensalão na condução do julgamento.
 
Ex-jogador do Palmeiras e do Flamengo, Dario Aleluia afirmou que foi incentivado pelo primo ilustre a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores pelo PSB. "No dia 5 de maio eu fui na casa do Barbosa em Brasília para o aniversário da mãe dele. Eu disse que pretendia concorrer a vereador e ele me deu muito apoio. Me falou que era para eu concorrer para atuar pela comunidade, principalmente pelos negros, que os negros precisam mostrar a cara", disse o candidato, que disputa pela segunda vez o cargo de vereador.
 
Em 2008, ele também foi candidato, mas disse que o fracasso nas urnas foi porque praticamente não pediu votos. "Dessa vez é diferente, estou trabalhando muito". Questionado se o parentesco com o ministro poderia ajudar no pleito ele não hesitou. "Claro que me ajuda. O povo de Paracatu tem muito orgulho do Joaquim Barbosa e eu quero honrar o nome da família", afirmou Dario, que é primo por parte de pai do relator do mensalão.
No site de campanha do candidato, um dos destaques é uma frase de Barbosa em homenagem ao primo: "Você Dario tem que ser um bom vereador, pois você servirá de exemplo para todos como foi no futebol", diz o depoimento. Segundo Dario, a mensagem foi escrita no dia do encontro com o ministro em Brasília. "Ele já falou em outras oportunidades sobre mim, inclusive para uma revista da região. Temos um bom relacionamento".
 
Barbosa deixou a cidade do noroeste mineiro aos 16 anos de idade, mas, segundo o primo, nunca perdeu o contato com a sua gente. "Ele é uma pessoa muito inteligente, toca violino, fala vários idiomas, tem livros publicados, mas nunca perdeu a humildade. Sempre que visita Paracatu vai na minha casa, é muito humilde", conta o primo. Ele ainda diz que ultimamente ficou mais difícil as viagens de Barbosa à cidade, por causa dos compromissos no STF.
 
"Com o julgamento do mensalão é impossível ele vir para cá. Se só no aniversário da mãe em Brasília ele chegou acompanhado de dois carros com segurança, imagina agora. E ele também tem o problema de coluna", justifica. Segundo Dario, ano passado foi feita uma homenagem a Barbosa na Casa de Cultura da cidade, mas ele não pode comparecer devido a uma cirurgia agendada para o mesmo dia em São Paulo.
Representante da comunidade negra
 
Atuante do movimento negro, Dario Alegria quer ser vereador para lutar pelo direito dos negros e das comunidades quilombolas da cidade. "Mais de 60% da população de Paracatu é negra, mas até hoje, em 214 anos de emancipação, a cidade elegeu apenas dois vereadores negros. Precisamos mudar isso", cobra. Ele ainda diz que entre suas propostas está a valorização do esporte como forma de incentivar o desenvolvimento dos jovens longe das drogas e da violência.
Dario Algria trabalhava no Museu Histórico de Paracatu, mas se afastou do cargo no início da campanha eleitoral. Aos 68 anos, ele conta que não se mantém longe dos gramados, já que também agencia novos jogadores junto a times de futebol.
 
O mensalão do PT
 
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
 
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
 
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
 
A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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