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Estudo confirma presença de dinossauros em Mato Grosso do Sul

Publicado em: 12/05/2021 - 12:00
Estudo confirma presença de dinossauros em Mato Grosso do Sul

Estudo realizado pelos pesquisadores Maria Izabel Manes e Sandro Marcelo, ambos do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rafael Costa, do Museu de Ciências da Terra, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), confirmou a presença de pegadas fósseis de dinossauros na região de Nioaque, em Mato Grosso do Sul.

 

Em entrevista hoje (12) à Agência Brasil, Maria Izabel disse que no começo dos anos de 1990 um arqueólogo de Mato Grosso do Sul encontrou uma pegada de dinossauro nas margens do Rio Nioaque. A pesquisadora disse, no entanto, que ela ficou muito tempo sem pesquisas, e que em 2017, a equipe do Museu Nacional e do CPRM foi ao local e encontrou várias outras pegadas. 

 

Os resultados da pesquisa foram publicados esta semana no periódico científico Journal of South American Earth Sciences. O estudo contou com apoio logístico da prefeitura de Nioaque.

 

O mapa geológico de Nioaque aponta que essas pegadas estavam marcadas em uma rocha de mais ou menos 300 milhões de anos. O que acontece, segundo a pesquisadora, é que nessa época não havia dinossauros. “A gente percebeu então que tinha um erro no mapa geológico. Vendo essas pegadas novas, a gente concluiu que elas estão, na verdade, em rochas mais recentes no tempo geológico e que ali era um deserto que tinha um rio à sua volta. Essas pegadas ficaram marcadas nesse rio em volta do deserto e não em um ambiente glacial como foi inicialmente interpretado”, explicou. Maria Izabel estimou que as rochas tinham entre 100 milhões e 65 milhões de anos, mas admitiu que pode-se considerar também o início do período jurássico, há 140 milhões de anos.

 

Esforço de campo

A pesquisadora do Museu Nacional disse que nessa área está situado o Geoparque Bodoquena-Pantanal. “São territórios para difundir o conhecimento geológico para a comunidade local, para contar mais sobre a história da Terra e fazer a comunidade se apropriar desses conhecimentos”. 

 

O trabalho do Museu Nacional e CPRM é importante para a região porque antes não havia nenhuma pesquisa científica sobre o assunto. “Agora, a gente tem como comprovar a idade e mostrar que tem mais pegadas ali. Com mais esforço de campo, isto é, com mais idas a campo”. 

 

De acordo com a pesquisadora, am problema em Mato Grosso do Sul é que o município não tem paleontólogos para poder aprofundar mais as pesquisas. “Ali tem um potencial muito grande de serem encontradas mais pegadas, fósseis, mais coisas”, disse. 

 

Segundo a pesquisadora, o projeto piloto realizado no estado visa aprofundar mais pesquisas naquela região. Ela disse que pelas características das pegadas, os pesquisadores não conseguiram identificar as espécies de dinossauros terópodes (carnívoros) e ornitópodes (herbívoros). Mas perceberam que o tamanho calculado a partir das pegadas apontava para animais de um até seis metros de comprimento. 

 

Ainda segundo a pesquisadora, foi descoberta ainda uma paleotoca (fóssil de toca) de um pequeno vertebrado, possivelmente um mamífero, situada próximo à margem do rio. Maria Izabel informou que como algumas pegadas e a paleotoca corriam risco de desaparecer devido à erosão, essas peças foram trazidas para o Rio de Janeiro e depositadas no Museu de Ciências da Terra, do Serviço Geológico do Brasil. O resto foi deixado no lugar, incluindo uma trilha com seis pegadas de dinossauros.

 

Maria Izabel considera que a região tem grande potencial de descoberta de fósseis, mas depende de esforço de campo, ou seja, que os pesquisadores permaneçam vários dias no local para dar seguimento aos estudos. “Precisa de esforço. Precisa ir o máximo de dias possível”, defende a pesquisadora colaboradora do Laboratório de Paleoinvertebrados do Museu Nacional. 

 

Formada em geografia e mestre em ciências, Maria Izabel disse que a época mais propícia para a realização de uma nova missão ao local é no período de baixa do rio, quando está em época de seca, o que ocorre normalmente entre julho e setembro. “Como essa época está muito próxima, a nova pesquisa não poderia ser feita este ano. Talvez no ano que vem”, disse a pesquisadora.

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