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O poder de democratizar a informação do veículo de massa mais querido do Brasil

Publicado em: 17/02/2021 - 12:00
O poder de democratizar a informação do veículo de massa mais querido do Brasil

"Meus amigos da Cultura, aqui fala o Edgar Augusto…". É assim que o radialista Edgar Augusto Camarão Proença começa a “Feira do Som” – um dos programas de rádio mais antigos do Pará, veiculado diariamente na Rádio Cultura FM.

 

Com quase 50 anos no ar, a Feira do Som divulga os artistas regionais, mas a relação de Edgar com o universo radiofônico vem de outras gerações: “Sou de uma família de radialistas. Meu avô, Edgard Proença, fundou a PRC-5, a primeira emissora de rádio do Pará. Meu pai, Edyr Proença, foi o maior locutor esportivo do estado e meus irmãos Janjo e Edyr Augusto foram donos da rádio Jovem Pan. Decidi trabalhar em rádio porque descobri cedo que era meu mundo”, narra o jornalista que já atuou também na Rádio Clube do Pará. 

Neste sábado, 13, em todo o mundo se comemora o Dia Mundial do Rádio, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O veículo, que apesar da internet, continua encantando velhos e novos seguidores não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Especialmente, na Amazônia, o rádio ainda é considerado um veículo integrador, pois suas ondas sonoras alcançam populações que nenhum outro meio de comunicação consegue chegar. 

Para Luciana Costa, que é jornalista e pesquisa sobre rádio na Amazônia desde 1997, a família de Edgar Augusto teve um papel fundamental na implantação e popularização do rádio no Pará. “O rádio tem algumas características que facilitaram a popularização deste meio de comunicação na Amazônia, como o baixo custo do aparelho e a facilidade de transmissão, contribuindo para a democratização da informação e a integração de localidades distantes na região”, destaca a pesquisadora. 

Dimensões ganham mais força em uma rádio comunitária. Para Nagi Sanches, radialista e representante da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Pará, o meio é uma forma "que a comunidade tem para socializar ideias, já que nas outorgas públicas, que são as rádios comerciais, as televisões comerciais, elas não abrem espaço para a comunidade. Então, é o nosso meio, é a nossa alternativa de falar, de ser ouvido, de fazer alguém lhe escutar é esse meio, da rádio poste, da bicicleta, da bike som, da rádio comunitária".

Para Edgar – que diariamente está na casa, no carro, no celular  e no aparelho de rádio das pessoas -, o veículo tem ainda um caráter afetivo. “O rádio é um companheiro particular de quem o escuta. Fala para milhões e traz a sensação que é feito só pra gente”, destaca.  

Wellington Frazão é um ouvinte apaixonado e conta a importância que o meio de comunicação teve na vida do pai: "A minha paixão pelo rádio começou ainda quando criança, vendo o meu pai ouvir rádio, meu pai ouvia rádio 24h por dia depois que ele adquiriu uma cegueira. O rádio passou a ser o seu companheiro inseparável”. 

E assim como na família de Edgar, na família de Wellington o rádio atravessa gerações. “Eu não digo a primeira coisa, mas a segunda coisa quando eu entro na sala, depois de ligar a luz, é ligar o rádio. O rádio na minha sala fica ligado 12h, praticamente o tempo que eu passo aqui”, conta.

Desde que chegou ao território paraense, em 1928, o rádio já passou por muitas transformações. A mais recente diz respeito ao advento da internet: “Meu programa alimentou-se de discos em vinil, fitas rolo, cartuchos, btps e cassetes. Hoje está online e utiliza as redes sociais”, lembra Edgar Augusto. 

No início, a mudança assustou. Hoje rádio e internet andam juntas. "O rádio tem uma característica interessante que é o dinamismo, então, a gente trabalha muito em conjunto com a internet", explica a produtora de rádio, Alice Santos. Ela ressalta, que a internet não é uma concorrente, é uma aliada. "A gente consegue coletar informações mais rapidamente, fazer a averiguação, a apuração com muito mais facilidade”, afirma.

É por isso, que mesmo com as revoluções tecnológicas, o rádio continua a ter espaço no dia a dia do público. Nas palavras de Alice Santos, "o rádio pode estar dentro dos carros mais luxuosos até um carro mais popular, assim como ele pode estar no celular mais caro, como pode estar em um celular que nem é smart. Então, essa é a grande vantagem do rádio e a grande contribuição que ele tem para a comunicação, ser um veículo democrático".

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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