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Talibãs estão a matar menos civis, mas a violência frente ao daesh está a aumentar

Publicado em: 18/07/2018 - 12:00
Talibãs estão a matar menos civis, mas a violência frente ao daesh está a aumentar

 

As ordens são para não matar civis afegãos. E para cumprir ordens, os talibãs reduziram significativamente o número de ataques bombistas suicidas nas cidades – ou como a organização lhe chama, os ataques com mártires. É a primeira vez que o grupo toma esta decisão em muitos anos.

“Desde o cessar-fogo [17 de junho], não tivemos mais ataques de mártires em Cabul”, referiu o porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, citado pelo jornal “The New York Times”. “Fomos alertados pelos nossos superiores e vamos seguir as suas ordens.”

A decisão pode também estar relacionada com os números recentemente divulgados pelas Nações Unidas, que dão conta que nos primeiros seis meses de 2018 se atingiram recordes no que diz respeito aos civis mortos no Afeganistão. Nunca antes na primeira metade de num ano tinha morrido tanta gente: 1692 (há ainda 3430 pessoas feridas).

“Podemos notar as mudanças nas fileiras talibãs. Agora, há menos ataques suicidas nas cidades, mas não é o fim dos ataques suicidas”, alertou Shah Hussain Murtazawi, porta-voz do presidente afegão, Ashraf Ghani. Quando o cessar-fogo terminou, as autoridades nacionais (com o apoio da aliança internacional liderada pelos EUA) ofereceram a possibilidade de este ser prolongado, mas os rebeldes recusaram.

A decisão não implica que todas as ações do grupo nacionalista estejam suspensas. Os ataques a instalações militares e das autoridades locais aumentaram desde que o cessar-fogo terminou. Além de dizerem que querem salvaguar os civis, não foi explicada mais nenhuma razão para a mudança de estratégia. Até agora, o máximo que tinha sido feito fora avisar os cidadãos afegãos de que, se estivessem perto de aéreas ou edifícios governamentais ou da coligação internacional, corriam o risco de serem vítimas de um ataque.

Desde o fim do cessar-fogo, a 17 de junho, registaram-se sete ataques bombistas em locais não militares. Em todos, os talibãs negaram estar envolvidos. Pelo menos cinco foram perpetrados pelo daesh, que de forma alguma foi influenciado pelas decisões dos talibãs: a 16 de junho, e violando o cessar-fogo, mataram 54 pessoas em dois ataques em diferentes locais; a 1 de julho 19 civis da minoria étnica Sikh também morreram; poucos dias depois mais sete foram mortos quando um bombista se fez explodir junto ao Ministério do Desenvolvimento Rural; e, por último, numa cerimónia fúnebre mais 12 pessoas morreram. Ou seja, no total 92 pessoas morreram.

TALIBÃS VS. DAESH

Um dos ataques suicidas do daesh aconteceu no funeral de um líder talibã, morto em combate frente ao autoproclamado Estado Islâmico. Na terça-feira, a cerimónia decorria na província de Sar-i-Pul, no norte do país, quando um grupo de atacantes armado com espingardas e granadas surgiu e começou a disparar. Pelo menos 15 pessoas morreram e cinco ficaram feridas, refere a AFP.

Entre as vítimas mortais estavam 12 membros da família do homem cujo funeral estava a decorrer, quase todos civis. Os feridos eram talibãs.

“Nos últimos dois meses, daesh e talibãs têm-se confrontado nas zonas de Jowzjan e Sar-i-Pul, fazendo centenas de mortos”, denunciou Zabiullah Amani, porta-voz do governador da região, citado pela AFP. O ataque em causa não foi comentado pelos talibãs, nem o daesh reclamou a sua autoria.

Tanto os talibãs, o maior grupo rebelde no Afeganistão, como o daesh, que foi expulso de grande parte das provincianas orientais do país e que tem no norte uma pequena mas forte presença, têm-se confrontado intensamente no norte do território afegão, onde ainda estão presentes as forças governamentais apoiadas pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Embora talibãs e daesh tenham um ponto comum no fundamentalismo islâmico, divergem porque o primeiro tem uma visão nacionalista e centrada no Afeganistão, enquanto o segundo tem como objetivo a criação e domínio de um território que se estende até ao Mar Mediterrâneo.

 

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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