Explosivos são peça-chave na investigação dos ataques na Espanha

A polícia espanhola está numa caçada internacional para prender três suspeitos do duplo atentado que ainda estão foragidos. Segundo a empresa espanhola, um dos alvos dos terroristas era a catedral da Sagrada Família.

A descoberta de explosivos frequentemente usados pelo grupo terrorista Estado Islâmicopassou a ser peça-chave na investigação, como mostra a correspondente Cecília Malan.

O que foi inicialmente considerado uma explosão acidental na cidade de Alcanar passou a ser o centro das atenções dos investigadores. A força dos explosivos destruiu uma casa quarta-feira (16) à noite. Uma pessoa morreu.

E na sexta-feira (18), peritos encontraram mais um corpo sob os escombros. A polícia acredita que a explosão foi um erro de cálculo que acabou impedindo um ataque ainda mais sangrento.

É que dentro da casa havia botijões de gás butano e propano e outras substâncias químicas que possivelmente seriam usadas para matar. O jornal “El País” publicou que um dos planos seria usar veículos carregados de explosivos para atacar a igreja da Sagrada Família, que recebe quatro milhões de visitantes por ano.

O governo espanhol anunciou o desmantelamento da célula terrorista responsável pelo duplo atentado em Barcelona e em Cambrils.

O governo regional da Catalunha não gostou. Lembrou que suspeitos continuam foragidos. Entre eles, o possível motorista da van que atropelou e matou pedestres na avenida Rambla.

Segundo a imprensa local, a investigação gira em torno do marroquino Younes Abouyaqoub, de 22 anos e morador da cidade de Ripoll.

De acordo com o Real Instituto Elcano, um dos principais centros de estudos estratégicos da Espanha, desde 2013, 35% dos suspeitos de atividades relacionadas ao terrorismo no país foram presos na Catalunha. Segundo especialistas, a região virou um reduto de radicalização.

A polícia já revelou o nome de três dos cinco terroristas mortos no segundo ataque, em Cambrils: Said Aallaa, de 18 anos; Mohamed Hychami, de 24; e Moussá Oukabir, de 17.

A van foi alugada no nome do irmão mais velho dele. Driss Oukabir está preso, mas alega que teve seus documentos roubados.

No Marrocos, o pai deles, Said Oukabir, prestou depoimento à polícia e disse estar chocado com a suspeita de envolvimento dos filhos. “Eles viviam como qualquer jovem da idade deles, se vestiam do mesmo jeito”, disse o pai.

A Espanha não elevou o alerta terrorista. Está mantido no segundo nível mais alto, exatamente como no Reino Unido. Isso significa que não há ameaça iminente de novos ataques. Mesmo assim, o governo reforçou o policiamento em pontos turísticos como aeroportos e museus.

A imprensa espanhola diz que o ex-líder de uma mesquita pode ser o mentor intelectual dos ataques.

Meses atrás, Abdelbaki Es Satty dirigia uma mesquita na cidade de Ripoll. O imã pode ter morrido na explosão de uma casa, quarta-feira, em Alcanar. A polícia disse que já são três os corpos encontrados lá. Lembrando que esse acidente acabou evitando que os terroristas usassem explosivos para atacar Barcelona.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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