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Fechando o cerco contra a madeira ilegal

Publicado em: 14/11/2014 - 12:00
Fechando o cerco contra a madeira ilegal
Na quinta-feira passada, ativistas do Greenpeace surpreenderam um navio que se aproximava do Porto de Roterdã, na Holanda, com madeira exportada pela serraria Rainbow Trading, denunciada por receber e comercializar madeira ilegal.
 
A madeira será inspecionada pela alfândega de acordo com a Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção), que controla o comércio de espécies ameaçadas entre países signatários, como o Mogno e algumas espécies de Cedro. No entanto, não é competência da alfândega avaliar a origem da madeira.
 
Como o destino final dessa madeira é Antuérpia, na Bélgica, as autoridades competentes holandesas alegam não ser de sua responsabilidade realizar uma investigação, mas garantiram ao Greenpeace que irão entrar em contato com as autoridades belgas para assegurar que elas obtenham as informações necessárias sobre o carregamento para que possam acompanhar a chegada da madeira e aplicar a EUTR (European Union Timber Regulation) – legislação que proíbe a importação de madeira ilegal para o mercado europeu. As autoridades competentes holandesas disseram também que irão colaborar com as autoridades brasileiras para que tomem atitudes.
 
Ainda não foi possível confirmar os resultados sobre a inspeção da alfândega no Porto de Roterdã. No entanto, ela não traduz toda a preocupação do Greenpeace em relação à origem da madeira, mesmo esta não sendo espécie ameaçada. Apenas uma verificação no âmbito da EUTR poderia ter algum efeito para apreensão e investigação dessa madeira. Segundo nossas investigações, o navio carregava containers com Ipê, madeira nobre da Amazônia, para ser descarregada na Bélgica. Esse foi o terceiro carregamento indo da Rainbow para a Europa no ultimo mês.
 
“As empresas são obrigadas por lei a manter a madeira de alto risco fora do mercado da União Europeia. Comprar madeira de serrarias como a Rainbow Trading é o mesmo que descumprir a lei, já que sua origem foi contaminada por madeira ilegal. Essa madeira deve ser apreendida e investigada, e não vendida direto no mercado. As autoridades belgas devem assumir as suas responsabilidades e as empresas devem ter pleno controle de suas cadeias de abastecimento”, afirma Marina Lacôrte, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.
 
As empresas europeias que estão comprando madeira amazônica da Rainbow Trading foram avisadas pelo Greenpeace de que estavam arriscando comprar madeira ilegal – independentemente da pilha de documentação oficial e papelada que acompanha essa madeira. Como o Greenpeace tem mostrado desde maio na Campanha Chega de Madeira Ilegal, a documentação oficial usada por madeireiros na Amazônia não serve para assegurar a origem da madeira e não garante sua legalidade. Embora oficias, esses documentos estão sendo usados ​​para esquentar madeira ilegal.
 
Ativistas protestam em Israel
 
Ativistas do Greenpeace ocuparam hoje, em Tel Aviv, a Home Center, maior loja varejista do tipo “faça você mesmo” no país, que vende madeira de origem amazônica para decks. Eles se acorrentaram dentro da loja com faixas em que estava escrito: Salve a Amazônia e Pare a extração de madeira ilegal. 11 ativistas foram presos e em seguida liberados.
 
No início deste ano, a Home Center afirmou que todos os seus fornecedores são “verdes”, e que eles estão usando um método que permite que as árvores voltem a crescer depois de terem sido extraídas. No entanto, isso não existe. A Home Center continua a vender madeira da floresta amazônica, apesar de todas as denúncias sobre a exploração madeireira ilegal na região. Hoje, a empresa pediu uma reunião com o Greenpeace para discutir essa questão.
 

A investigação do Greenpeace de maio de 2014 revelou que a Home Center está vendendo madeira da Amazônia, em especial o Ipê, que se tornou uma das espécies mas usadas ​​para a construção de decks. Segundo a investigação, o Ipê está sendo importado para o Home Center pela empresa Botvin, que tem dois principais fornecedores no Brasil: Ditzel e SM Maderias. Ambas essas empresas estão extraindo madeira do estado do Pará, onde quase 80 % de toda a exploração madeireira é ilegal. Além disso, em 2014, pelo menos seis dos fornecedores da Ditzels no Pará foram multados por comercializar madeira ilegal e tiveram sua atividade comercial suspensa. 

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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