A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, afirmou que recebeu uma carta na quarta-feira a solicitar o fecho do gabinete no Burundi.
"É claro que lamentamos esta decisão e gostaríamos de continuar a nossa cooperação com o Burundi", acrescentou a porta-voz.
Fontes dentro do escritório da ONU no Burundi disseram à agência noticiosa Associated Press que lhes foi dado um prazo de dois meses para sair do país.
Há um ano, o Burundi fez história ao tornar-se o primeiro país a retirar-se do Tribunal Penal Internacional (TPI).
O Governo da nação do leste da África há muito que se tem indignado com relatos da ONU que descrevem alegados abusos no meio da agitação política desde que o Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, decidiu concorrer a outro mandato em 2015.
Mais de 1200 pessoas foram mortas desde então, segundo a ONU, e juízes do TPI autorizaram uma investigação sobre alegados crimes patrocinados pelo Estado, incluindo assassinato, violação e tortura – e que prossegue, apesar da retirada do Burundi daquele organismo internacional.
Zeid Ra'ad al-Hussein, à época alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, afirmou no início deste ano que o Burundi estava entre "alguns dos mais prolíficos matadouros de humanos nos últimos tempos".
O Governo negou veementemente as acusações que tenham como alvo o seu próprio povo, referindo que as acusações são propaganda mal-intencionada espalhada pelos exilados.
O Burundi suspendeu a sua cooperação com o escritório de Direitos Humanos da ONU em outubro de 2016, acusando-a de "cumplicidade com golpistas e inimigos do Burundi", após um relatório que implicou o regime "em abusos sistemáticos e risco de genocídio".
Em dezembro de 2017, o Governo fechou quatro escritórios regionais do gabinete de Direitos Humanos da ONU no país e uma equipa de especialistas mandatada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar possíveis abusos foi expulsa em maio, apesar do acordo do Burundi em cooperar.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Burundi, Ezechiel Nibigira, convocou hoje uma conferência de imprensa sobre o assunto, mas acabou por adiar, afirmando aos jornalistas que comunicarão quando estiverem "bem preparados".
Rachel Nicholson, investigadora do Burundi para a Amnistia Internacional, considerou o anúncio "profundamente decepcionante" e pediu ao Governo que reverta a sua decisão.
Tendo recusado cooperar com uma comissão de inquérito da ONU ou assinar um memorando de entendimento com os monitores da União Africana, o Governo está novamente a tentar bloquear a monitorização independente, acrescentou Nicholson.
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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