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Novos peixes são descobertos em reserva do AP que deve ser extinta para exploração mineral

Publicado em: 11/09/2017 - 12:00
Novos peixes são descobertos em reserva do AP que deve ser extinta para exploração mineral

Cinco espécies de peixes foram descobertas nos últimos 6 anos na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma área com mais de 4 milhões de hectares entre o Amapá e Pará, que pode ser extinta pelo Governo Federal.

De acordo com a zoóloga Cecile Gama, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), as espécies novas foram catalogadas no rio Jari, no Sul do estado. Os registros foram publicados em revistas científicas internacionais entre 2011 e 2013, por diversos pesquisadores.

'Tetragonopterus carvalhoi' foi uma das espécies descritas na área da Renca (Foto: Cecile Gama/Arquivo Pessoal)

Conheça as espécies descobertas na região:

Anablepsoides jari (Publicada em 2013, por Wilson J. E. M. Costa, Pedro H. N. Bragança e Pedro F. Amorim

Anablepsoides gamae (Publicada em 2013, por Wilson J. E. M. Costa, Pedro H. N. Bragança e Pedro F. Amorim)

Hemiodus iratapuru (Publicada em 2013, por F. Langeani e C. R. Moreira)

Poecilia waiapi (Publicada em 2011, por Pedro H. N. Bragança, Wilson J. E. M. Costa e Cecile S. Gama)

Tetragonopterus carvalhoi (Publicada em 2011, por Bruno F. Melo, Ricardo C. Benine, Tatiane C. Mariguela e Claudio Oliveira)

Duas das espécies são citadas num relatório da ONG WWF Brasil divulgado em agosto que reuniu 381 espécies descobertas na floresta amazônica nos últimos anos.

Zoóloga Cecile Gama acredita que geografia do estado proporciona aparecimento de novas espécies (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

A zoóloga, que tem mais 3 espécies descritas no Amapá e outras que ainda estão em processo de descrição, acredita que a geografia do estado cria vantagens para o aparecimento de espécies diferentes e que essa é uma pequena amostra do que ainda precisa ser revelado na Amazônia pela ciência.

“Nós temos a influência da água salgada ao norte do Estado, temos o escudo das Guianas, temos separações de bacias, bacias isoladas, temos o rio Amazonas. Então isso tudo propicia que tenhamos um número grande de espécies de peixes e de novas espécies que são desconhecidas para a ciência”, falou Cecile.

Espécies 'Anablepsoides jari' e 'Poecilia waiapi' foram descritas no Amapá (Foto: Cecile Gama/Arquivo Pessoal)

Extinção da Renca

Criada em 1984, a Renca, que fica na divisa entre o Sul e Sudoeste do Amapá com o Noroeste do Pará, tem potencial para exploração de ouro e outros minerais, como ferro, manganês e tântalo.

O Governo Federal decretou no dia 23 de agosto a extinção da reserva, liberando a área para exploração mineral. Após uma série de críticas e de ações na Justiça sobre o futuro da antiga reserva na Amazônia, o presidente Michel Temer editou no dia 28 de agosto um novo decreto, mais detalhado, porém com poucas mudanças.

Ele revogou a primeira norma, porém manteve a decisão de extinguir a Renca e liberar a exploração mineral em parte da área. A medida foi suspensa pela Justiça Federal no dia 30 de agosto.

A decisão é contestada por organizações não-governamentais, ambientalistas e celebridades. Segundo o governo, a extinção da reserva não torna irrestrita a exploração mineral na área. O Ministério do Meio Ambiente afirmou que “nenhuma unidade de conservação será atingida”.

O magistrado da Justiça Federal no Distrito Federal (DF), que determinou a suspensão do decreto, analisou a medida que tinha sido extinta pelo governo. No entanto, por ter estendido a aplicação para qualquer decreto “sucessor”, a decisão também se aplica às regras vigentes.

Mesmo com a suspensão dos efeitos do decreto que extinguiu a Renca, a Justiça Federal apreciou ações ingressadas no Amapá contra a decisão e determinou que seja obrigatória a consulta aos povos indígenas a respeito de qualquer intervenção na área.

*Com informações da Rede Amazônica

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