Enquanto a Adobe está enfim matando misericordiosamente o Flash – software multimídia que ajudou a abastecer incontáveis aplicações web, incluindo jogos e vídeos – que enfrentou crítica generalizada por seu rápido declínio em utilidade e pelo crescente número de vulnerabilidades de segurança, alguns fãs estão tentando mantê-lo vivo como um projeto de código aberto.
Uma petição circulada pelo desenvolvedor web Juha Lindstedt está pedindo à Adobe que não tire o software do mercado completamente, mas que, em vez disso, lance-o como um projeto de código aberto, o que poderia consertar seus vários problemas. Mais de 900 pessoas já favoritaram o projeto no Github.
“O Flash é um pedaço importante da história da internet, e matar o Flash Player significa que futuras gerações não poderão acessar o passado”, escreveu Linstedt. “Jogos, experimentos e sites seriam esquecidos.”
“Tornar o Flash código aberto seria uma boa solução para manter os projetos em Flash vivos, com segurança, por motivos de arquivo”, Lindstedt acrescentou. “Não sei como, mas essa é a beleza do código aberto: você nunca sabe o que vai sair depois que o torna aberto!”
Maior parte da funcionalidade do Flash é agora irrelevante, tendo sido substituída por outros padrões abertos, como o HTML5, e o software começou a entrar em sua fase GeoCities quando o Google decidiu proibir o seu uso na exibição de anúncios.
A ideia gerou uma reação mista no fórum de discussão no Hacker News, do Y Combinator. Um comentarista dos mais votados argumentou: “Não, não, não, não, NÃO. Está na hora de se livrar do Flash. Abrir o código o faria viver para sempre”, escreveu, dizendo que o código aberto provavelmente só mataria os “bugs mais triviais”, deixando numerosas vulnerabilidades. Outra pessoa rebateu: “Muito cabeça fechada. Dezenas de milhares de jogos dependem do Flash, assim como vários filmes e a história geral da internet. Abrir o código vai preservar incontáveis horas de trabalho perdido”.
De longe, o aspecto mais problemático do software são as inúmeras brechas de segurança que ele introduz a navegadores enquanto está instalado como um plugin ou como parte de um navegador mobile. A empresa de segurança Recorded Future apontou o Adobe Flash Player como o produto mais frequentemente explorado (em suas brechas) em 2015, incluindo “oito das dez maiores vulnerabilidades usadas por kits de exploit” e apontando a existência de “mais de 100 kits de exploit e vulnerabilidades conhecidas”.
Muitos comentaristas do Y Combinator defenderam que a melhor maneira de construir o projeto seria como um emulador autossuficiente capaz de executar o formato .SWF, do Flash, que seria um bom caminho para que aqueles que ainda queiram passar novamente pelo episódios bastante antigos de Neurotically Yours e pelos jogos hentai do Newgrounds o façam de maneira relativamente segura.
O Gizmodo entrou em contato com Lindstedt. Vamos atualizar esta publicação se tivermos uma resposta.
Imagem do topo: AP
Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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