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Coreia do Norte testa míssil intercontinental: território dos EUA poderia ser atingido em ataque?

Publicado em: 04/07/2017 - 12:00
Coreia do Norte testa míssil intercontinental: território dos EUA poderia ser atingido em ataque?

 

(Foto: Reprodução/BBC)

 

 

 

 

 

O anúncio de que a Coreia do Norte testou com sucesso um míssil de longo alcance intercontinental voltou a causar preocupação na comunidade internacional.

É a primeira vez que o país alega ter conseguido o feito.

Segundo o governo norte-coreano, o míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) poderia atingir alvos em qualquer lugar do mundo.

Tanto os Estados Unidos quanto a Rússia afirmaram que o projétil era de médio alcance e não representou uma ameaça.

Mas qual é a real capacidade da Coreia do Norte?

O físico americano David Wright, da Union of Concerned Scientists (UCS), organização sem fins lucrativos de cientistas para proteção ambiental com sede nos Estados Unidos, diz acreditar que o míssil poderia atingir o Estado do Alasca.

"Se as informações estiverem corretas, esse mesmo míssil poderia ter um alcance máximo de 6,7 mil km em uma trajetória padrão", avalia Wright.

"Esse alcance não seria suficiente para atingir os 48 Estados americanos ou o arquipélago do Havaí, mas poderia atingir todo o território do Alasca", acrescenta.

Além do alcance, outra dúvida é se a Coreia do Norte tem capacidade para evitar que o míssil exploda ao entrar novamente na atmosfera terrestre.

Nos últimos meses, Pyongyang vem realizando testes balísticos com maior frequência, elevando a tensão na região.

O anúncio sobre o lançamento desta terça-feira, supervisionado pelo líder do país, Kim Jong-um, foi veiculado pela TV estatal norte-coreana.

O projétil teria atingido uma altitude de 2.802 km e percorrido 933 km antes de cair no mar.

Em meio aos supostos avanços de Pyongyang, especialistas avaliam que a Coreia do Norte não tem capacidade para atingir alvos com precisão ou criar uma ogiva suficientemente pequena que caiba em tal projétil.

Reação

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu ao Conselho de Segurança da ONU que tome medidas contra a Coreia do Norte por causa do último teste.

Ele determinou que funcionários do alto escalão do país busquem "medidas do Conselho de Segurança em estreita cooperação com os aliados do país, incluindo os Estados Unidos", afirmou a jornalistas o porta-voz do governo, Yoon Young-chan.

 

 

 

 

 

 

(Foto: BBC)

 

 

 

 

 

Mais cedo, o secretário-chefe de gabinete do Japão, Yoshihide Suga, disse que "repetidas provocações da Coreia do Norte como essa são absolutamente inaceitáveis".

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que o país "se juntaria" com os Estados Unidos e com a Coreia do Sul para pressionar Pyongyang.

No Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também reagiu ao lançamento do míssil.

"Esse cara não tem nada melhor do que fazer com sua vida?", questionou ele, em alusão ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.

"Difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão tolerar isso por muito mais tempo. Talvez a China tome uma atitude pesada contra a Coreia do Norte e acabe com esse absurdo de uma vez por todas", acrescentou.

Trump já pediu repetidamente à China, o maior aliado de Pyongyang, que pressione o país de modo a pôr fim a suas ambições nucleares e testes de mísseis.

Enquanto isso, o governo chinês pediu "moderação" a Pyongyang.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que o país se opunha à decisão da Coreia do Norte de contrariar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, a partir do lançamento de mísseis.

Arsenal

O arsenal de mísseis norte-coreanos avançou nas últimas décadas, de foguetes de artilharia concebidos a partir de modelos da 2ª Guerra Mundial para mísseis de médio alcance capazes de atingir alvos no Oceano Pacífico.

Agora, o país vem investindo em projéteis de maior alcance.

A Coreia do Norte parece focada em construir mísseis confiáveis de longa distância, que teriam o potencial de atingir a parte continental dos Estados Unidos.

Dois tipos de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) conhecidos como KN-08 e KN-14 vêm sendo exibidos em paradas militares desde 2012.

Carregados e lançados da traseira de um caminhão modificado, o KN-08 teriam um alcance de 11,5 mil km, enquanto o KN-14, de 10 mil km.

ICBM

Os mísseis balísticos intercontinentais são vistos com preocupação porque permitem a um país manejar um significativo poder de fogo contra um oponente do outro lado do planeta.

O único motivo para gastar dinheiro, tempo e esforço em construí-los é para poder usar armas nucleares.

Durante a Guerra Fria, Rússia e Estados Unidos buscaram formas diferentes para proteger e lançar tais mísseis, que foram escondidos em silos, caminhões pesados e submarinos.

Todos os ICBMs seguem um modelo parecido. Os mísseis são alimentados por combustível sólido ou líquido, e saem da atmosfera rumo ao espaço.

A carga do projétil – normalmente uma bomba termonuclear – então entra novamente na atmosfera e explode ora acima ou diretamente sobre o seu alvo.

Alguns ICBMS consistem em "Mísseis de Reentrada Múltipla Independentemente Direcionados" (MIRV, na sigla em inglês).

Os MIRVs são projéteis lançados em terra ou mar (de um submarino) o qual, após ativar sua pós-combustão e deixar a atmosfera, fragmentam-se em diversas partes com orientação independente, atingindo múltiplos alvos e causando maior impacto pela alta velocidade atingida, confundindo os sistemas de defesa.

Durante a Guerra Fria, o alcance e o potencial de destruição dos ICBMs foram considerados chave para o conceito de "Destruição mútua assegurada" (MAD, na sigla em inglês), doutrina de estratégia militar pela qual o uso maciço de armas nucleares por um dos lados acabaria por resultar na destruição de ambos – agressor e defensor.

Histórico

O programa de mísseis da Coreia do Norte começou com os Scuds (míssil balístico móvel, de origem soviética, com curto alcance), importados via Egito em 1976.

Mas, menos de dez anos depois, em 1984, o país já estava construindo sua própria versão do projétil, chamada de Hwasong.

Esses mísseis tem um alcance estimado de cerca de 1 mil km, e carregam ogivas convencionais, químicas ou possivelmente biológicas.

Em uma análise publicada em abril de 2016, o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos avaliou que os mísseis podem "atingir todo o território da Coreia do Sul e grande parte do Japão".

 

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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