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Temer na Noruega e na Rússia: relembre dez momentos esquecíveis

Publicado em: 25/06/2017 - 12:00
Temer na Noruega e na Rússia: relembre dez momentos esquecíveis

 

O presidente Michel Temer (PMDB), ao chegar à Rússia para viagem que também incluiu a Noruega (Kirill Kudryavtsev/AFP)

 

 

 

 

 

O presidente Michel Temer (PMDB) foi à Rússia e à Noruega entre segunda-feira e esta sexta-feira com o objetivo de divulgar o país, captar investimentos,  distanciar-se um pouco da crise política e passar a imagem de que o Brasil vive uma normalidade institucional, apesar de ele próprio estar prestes a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e de crescerem os pedidos para que ele deixe o cargo.

Mas a visita não rendeu os bons trunfos que o presidente esperava. Além dos parcos anúncios de intenções comerciais bilaterais, não houve mais nada a comemorar. Mas houve muito a lamentar, incluindo reprimendas públicas dos europeus, corte de verbas para fundo ambiental, protestos, recepções esvaziadas, pouco interesse da imprensa internacional e gafes, como confundir o rei da Noruega com o rei da Suécia e achar que a Rússia ainda era uma república soviética.

 

 

Veja abaixo dez momentos esquecíveis da viagem do presidente:

 

 

 

 

Back to the USSR

Antes mesmo de partir, Michel Temer (PMDB) emplacou a sua primeira gafe na sua turnê internacional. A agenda do presidente divulgada pelo Palácio do Planalto informava que ele iria viajar para a República Socialista Federativa Soviética da Rússia, que já foi o nome do país durante o regime comunista e persistiu até 1991. A denominação oficial do país hoje é só Federação Russa. O erro na agenda viralizou nas redes sociais e o Planalto, alertado, apagou rapidamente.

 

 

 

Recepção glacial

Ao chegar à Rússia, primeira parada de sua viagem, o presidente foi recebido pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, cargo de segundo escalão na Rússia, e pelo embaixador brasileiro Antonio Salgado. O encontro com o presidente Vladimir Putin só ocorreu no dia seguinte, em um concurso de balé no Teatro Bolshoi. Na Noruega, não foi muito diferente: Temer foi recebido pelo comandante da base aérea onde fica o aeroporto, pelo chefe interino do cerimonial da Noruega e pelo embaixador do Brasil no país, George Prata, e pela embaixadora norueguesa no Brasil, Aud Wiig.

 

 

 

Quem quer conversar com o presidente?

No dia de sua chegada à Rússia, a embaixada brasileira em Moscou organizou um coquetel para Temer, mas apenas cerca de metade dos convidados apareceu. Segundo coluna Radar On-Line, “no esvaziado evento, como um aluno recém-chegado a um colégio novo, Temer tentava se enturmar, se aproximar das rodinhas”. Normalmente, nesse tipo de evento é o contrário: as pessoas tentam obter alguns minutos de conversa com o presidente, sempre a figura mais requisitada na cerimônia.

 

 

 

'Você precisa limpar sua casa'

Temer ficou em uma “saia-justa” na recepção oficial em Oslo, ao ser cobrado pela primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, sobre a corrupção no país e o aumento do desmatamento. Além de confirmar a redução no apoio financeiro ao Brasil para preservação de florestas, ela disse que estava preocupada com a Operação Lava Jato e emendou: “É preciso fazer uma limpeza e encontrar uma solução”. Problema: Temer também é investigado por corrupção em inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal e tenta colocar freios no furor investigativo da Lava Jato. A Noruega, uma potência em petróleo, também investiga empresas que pagaram propina a ex-diretores da Petrobras.

 

 

 

Mesada diminuiu

O governo norueguês aproveitou a visita de Temer para anunciar à comitiva brasileira, ao vivo, que vai cortar metade do repasse anual de R$ 330 milhões para o Fundo Amazônia, que financia projetos que inibem o desmatamento. Motivo: o desmatamento no Brasil aumentou quase 30% entre 2015 e 2016. O corte na ajuda, com a devida reprimenda, foi feita pelo ministro do meio ambiente norueguês, Vidar Helgesen, diretamente ao colega brasileiro, Sarney Filho, que reagiu mal. Disse que “só Deus pode dizer” se o desmatamento no Brasil irá reduzir.

 

 

 

A Suécia é aqui?

Desconcertado com as reprimendas ao vivo da primeira-ministra Erna Solberg, Temer se embananou todo com a geopolítica escandinava. Em vez de anunciar sua visita ao parlamento da Noruega e seu encontro com o rei do país, Harald V (na foto), o presidente disse que iria ao “parlamento brasileiro” e que falaria com o “rei da Suécia”, país vizinho e rival regional dos noruegueses desde os tempos dos vikings. É mais ou menos como confundir Brasil e Argentina.

 

 

 

Cadê a imprensa?

A visita de Temer à Rússia e à Noruega repercutiu muito pouco internacionalmente, com pouquíssimo ou apenas protocolar destaque na imprensa internacional. Um exemplo do baixo interesse despertado pela viagem do brasileiro foi relatado pelo jornalista Jamil Chade, correspondente do jornal O Estado de S. Paulo que acompanhou a viagem à Noruega e postou no Twitter: “Discurso de Temer na Noruega foi acompanhado por só um jornalista local….em sua terceira cobertura desde que se formou na universidade”.

 

 

 

Aonde quer que você vá

Não foram grandes, nem muito barulhentos, mas ocorreram. Segundo a coluna Radar On-Line, em uma solenidade protocolar, de deposição de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, alguém, do outro lado da cerca, gritou um sonoro “fora, Temer”, causando certo constrangimento. Antes de se reunir com a primeira-ministra Erna Solberg, em Oslo, o presidente foi alvo de protestos de ambientalistas e entidades de direitos humanos, que criticaram, com cartazes, o desrespeito contra indígenas e o desmatamento na Amazônia e pediam mais democracia no país.

 

 

 

De mãos abanando

Embora o foco da visita à Rússia e à Noruega tenha sido comercial, Temer voltou sem nenhuma boa notícia concreta em termos de parcerias econômicas ou anúncios de investimentos pelos dois governos. De mais relevante, houve a apresentação por Temer a autoridades e empresários russos do Projeto Crescer, programa de parceria de investimentos do governo brasileiro. Segundo o presidente, há mais de 50 setores no Brasil abertos a investimentos estrangeiros. O primeiro-ministro Dmitry Medvedev, propôs, segundo o Planalto, ampliar a parceria bilateral em áreas como segurança da informação, cooperação técnico-militar e espacial. Na Noruega, apenas reunião com representantes de empresas que já investem no Brasil.

 

 

 

Notícias de um país distante

Como se não bastassem as más notícias que ele acumulava por lá mesmo, Temer ainda foi bombardeado diariamente com informações muito ruins vindas do Brasil. Inquérito da Polícia Federal apontou evidências que indicam com “vigor” que o presidente praticou corrupção, o doleiro Lúcio Funaro disse à mesma PF que encontrou Temer ao menos três vezes, a Justiça rejeitou queixa-crime do peemedebista contra seu algoz, Joesley Batista, e a reforma trabalhista sofreu a sua primeira derrota no Congresso. De quebra, o PSB, ex-aliado e sexta maior força no Congresso, foi à TV pedir a renúncia do presidente. No exterior, Temer não teve outra saída a não ser dizer que reconhecia a existência de uma crise política no país.

 

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