Ariquemes / RO - sexta-feira, 19 de abril de 2024
(69) 99929-2272

Especialistas acreditam ter encontrado nova espécie de planta na Amazônia

Publicado em: 20/04/2017 - 12:00
Especialistas acreditam ter encontrado nova espécie de planta na Amazônia
Uma nova espécie de planta da família fabácea, mais conhecida como família das leguminosas, foi encontrada em Rondônia durante o trabalho de campo do Inventário Florestal Nacional (IFN), em 2015. A identificação, no entanto, foi feita no início deste mês pelo curador de Botânica Amazônica e diretor do Instituto de Sistemática Botânica do Jardim Botânico de Nova York, Douglas Daly, e pela curadora substituta do herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e especialista nessa família, Marli Morin. Faz parte da família das leguminosas também, por exemplo, o feijão e o pau-brasil.
 
A amostra coletada está no Herbário Rondoniensis da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), em Porto Velho, responsável por receber o material botânico coletado em Rondônia. A identificação ainda está em andamento. O que se sabe até o momento é que se trata de uma espécie pertencente ao gênero Zygia. Ainda levará um tempo até a nova espécie receber um nome. O especialista do gênero tem que ver a amostra e fazer um estudo minucioso do exemplar para, então, comprovar que realmente se trata de uma espécie nova e publicar a descoberta.
 
Novas técnicas de identificação
 
Daly e Morin foram dois dos participantes do workshop “Estratégias e Ferramentas para Identificação Botânica no âmbito do IFN”, promovido, no início do mês, pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) em parceria com o Jardim Botânico de NY e Embrapa Amazônia Oriental. O workshop teve o objetivo de reunir os especialistas e profissionais envolvidos com a identificação botânica do Inventário Florestal para discutir novas técnicas de identificar as amostras coletadas.
 
De acordo com o responsável por acompanhar a identificação botânica do IFN, Tiago Cruz, cerca de 80% do material coletado em campo é estéril, ou seja, estão sem frutos ou flores. E boa parte das técnicas atuais concentram-se, principalmente, em analisar esses elementos, que são órgãos reprodutores das plantas. “Pela ampla dimensão do levantamento feito pelo Inventário Florestal é impossível que as equipes de campo voltem para coletar as plantas quando estão floridas ou com frutos. A época de floração é muito distinta entre as espécies e há plantas que levam mais de 40 anos para florescer”, explica Cruz. “É fundamental que sejam aperfeiçoadas e desenvolvidas técnicas de identificação das plantas estéreis”, ressalta.
 
Uma das técnicas apresentadas no evento foi a de arquitetura foliar, que faz a análise da estrutura das folhas, desenvolvida por Daly. No evento, houve também a troca de conhecimento sobre as famílias botânicas, já que o IFN possui consultores especializados em diversas famílias.
 
Com tantos especialistas reunidos, foi realizado ainda um esforço concentrado, durante o evento, para identificar 200 amostras consideradas de difícil identificação coletadas em Rondônia, noroeste de Mato Grosso e leste do Pará. Além dessas, cerca de outras 8 mil amostras do leste do Pará foram classificadas até o nível do gênero, classificação anterior à da espécie.
 
Identificação botânica no IFN
 
Uma das atividades realizadas no Inventário Florestal, a identificação botânica está gerando informações detalhadas sobre a diversidade da flora brasileira. Até o momento, já foram coletadas em torno de 75 mil plantas em 15 estados e no Distrito Federal. Essas amostras estão sendo identificadas em 16 herbários espalhados pelo Brasil e mais de 100 profissionais estão ou estiveram envolvidos nesse processo.
 
Além disso, o IFN também está fazendo uma estimativa da quantidade de cada uma delas, para avaliar as de maior e menor ocorrência. Com a realização sistemática do levantamento ao longo dos anos, será possível acompanhar a recuperação de espécies e a redução de outras. E também monitorar as espécies ameaçadas de extinção.
 
Em vários estados, estão sendo encontrados novos registros de espécies para o respectivo estado. No estado de Sergipe, por exemplo, das 269 espécies identificadas, 66 são novos registros para o estado, ou seja, uma a cada quatro plantas coletadas.
 
Em alguns estados, com flora menos conhecida, o IFN tem encontrado algumas espécies novas ou que são, pelo menos, indicativas de serem novas para a ciência, como é o caso do espécime da família fabácea encontrado em Rondônia.
 
“O Inventário Florestal Nacional é um exercício importantíssimo na história do país e da Amazônia porque é a primeira tentativa de estimar a diversidade, não somente em número, mas também de concentração e abundância de espécies”, elogia Douglas Daly.​
 

Assessoria de Comunicação do IFN 

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
Site de notícias em Ariquemes, aqui você encontra as últimas notícias de nossa cidade e ainda Porto Velho, Alto Paraíso, Buritis, Cacaulândia, Monte Negro, Rio Crespo, Cujubim, Machadinho do Oeste, Campo Novo de Rondônia, Vale do Jamari e demais municípios de Rondônia. Destaque para seção de empregos e estágios, utilidade pública, publicidade legal e ainda Eleições 2024, Web Rádio, Saúde, Amazônia. Ariquemes Online, desde 2007 informação sem fronteira, anuncie conosco e tenha certeza de bons negócios.

Siga o Ariquemes Online Nas Redes Sociais

Desenvolvido por Argo Soluções

::: PUBLICIDADE - ARIQUEMES ONLINE 2024 :::