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Pós-verdade também mata

Publicado em: 25/02/2017 - 12:00
Pós-verdade também mata

 

UM DOS PAÍSES MAIS VIOLENTOS DO MUNDO, O SUDÃO DO SUL ENFRENTA UMA GUERRA CIVIL DESDE 2013 (ILUSTRAÇÃO: HELENA SBEGHEN)

 

 

Compartilhar notícias de origem duvidosa ou passar adiante correntes no WhatsApp sem antes checar a veracidade dos fatos parece uma prática inofensiva. No Sudão do Sul, no entanto, a disseminação de informações falsas em redes sociais — conceito que ganhou o nome de “pós-verdade” — é responsável por um banho de sangue entre o governo e rebeldes, que se enfrentam em uma guerra civil desde 2013.

 

Localizado na região central da África, o país se tornou independente do Sudão em 2011, mas jamais alcançou a estabilidade política por conta de conflitos étnicos e religiosos. A situação é tão preocupante que, em novembro do ano passado, as Nações Unidas se manifestaram em um comunicado sobre a situação do país. “As redes sociais têm sido usadas por partidários de todos os lados, inclusive alguns funcionários de alto escalão do governo, para exagerar incidentes, espalhar falsidades, ameaças veladas e mensagens claras de incitamento à violência.”

 

As mensagens de ódio são divulgadas em grupos no Facebook, que agrupam membros de uma determinada etnia. É comum a divulgação de fotos e vídeos de massacres e outros crimes, que são atribuídos aos grupos opositores, além de ameaças e provocações. De acordo com ativistas e observadores internacionais, as publicações não são do Sudão do Sul – as imagens são resgatadas de outros conflitos no continente, como o genocídio que aconteceu em Ruanda, em 1994.

 

Estima-se que 300 mil pessoas já morreram desde que o conflito no país africano começou e pelo menos 1,4 milhão de habitantes fugiram para nações vizinhas. Ironicamente, apesar de as notícias falsas e os boatos plantados na web contribuírem para a escalada de violência, apenas 17% da população do Sudão do Sul têm acesso à internet.

 

Vítimas da guerra

 

Estimativa do número de refugiados do Sudão do Sul em 2017 e países que os abrigaram (em milhares de pessoas)

 

 

 (Foto: Helena Sbeghen)

 

Fonte: Nações Unidas

 

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