Ex-capelão da aeronáutica é condenado à prisão por estelionato em Fortaleza

FORTALEZA – O padre Severino Cheregatto, ex-capelão na Base Aérea de Fortaleza, foi condenado a um ano e quatro meses de prisão por maioria no Superior Tribunal Militar (STM). O Tribunal foi favorável ao recurso do procurador militar, Alexandre Saraiva. No recurso ele pede a condenação do ex-capelão da base aérea de Fortaleza, por estelionato.

A condenação foi por uso de dinheiro público para o pagamento de passagens aéreas. O padre disse que teria pago passagens para dois sobrinhos que morariam com ele em Fortaleza, antes de ser transferido para Manaus. Mas o Ministério Público Militar conseguiu provar que eles nunca moraram com o padre, e sim, com a família no interior de São Paulo.

O padre Cheregatto foi absolvido da acusação de ser o autor das mortes de dois soldados num alojamento da base aérea em setembro de 2004. Mas ainda responde à uma outra acusação: ele foi condenado por ficar com dinheiro dos fiéis. Mas recorreu da sentença e espera o julgamento do recurso, que está em Brasília.

As investigações do Ministério Público Militar duraram mais de dois anos. Um relatório do do MP apontava o padre como autor das mortes dos soldados Francisco Cleoman Fontenele e Robson Mendonça dentro da Base Aérea de Fortaleza, em 2004. Os dois foram atingidos por tiros na cabeça. Ele acabou sendo denunciado à Justiça Militar como autor, mas foi absolvido.

Foi enviado à Justiça Militar um relatório que a denuncia o padre Cheregatto, ex-pároco da Base Aérea, como o autor das mortes. A Justiça Militar tem 15 dias para decidir se vai acatar ou não a denúncia.

Além desde crime, o ex-capelão também de ter levado rapazes para programas sexuais na residência militar, na Praia de Iracema. Num mandado de busca e apreensão realizado em Manaus, em 17 de março do ano passado, foram confiscadas mais de 170 fotos de homens nus em poses eróticas.

O ex-capelão foi transferido para Manaus em junho de 2005. Foi afastado dos serviços da capelania desde que surgiram as acusações, mas entrou com um pedido na Justiça comum para voltar a celebrar missas.

Comunicado da Redação – Ariquemes Online
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